Memória

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Assassinato de Kennedy vive mistérios, com Biden negando revelar documentos

A lista de conspirações inclui desde o líder cubano Fidel Castro até a temida KGB, o serviço secreto soviético, e até a máfia norte-americana

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Está fazendo, hoje, 58 anos do assassinato, nos Estados Unidos, em pleno luz do dia, do mais popular Presidente norte-americano dos tempos modernos, John Kennedy, em 22 de novembro de 1963, quando desfilava em carro aberto nas ruas de Dallas, no Texas, atingido por um tiro de fuzil, supostamente disparado por Lee Harvey Oswald. E quando se diz “supostamente” em relação à autoria do crime, é porque inúmeros jornalistas e historiadores sustentam que o assassinato de Kennedy não foi obra de um homem só, mas ação de um grupo.

A lista de conspirações inclui desde o líder cubano Fidel Castro até a temida KGB, o serviço secreto soviético, e até a máfia norte-americana. Para o advogado Mark Lane, um dos detratores do Relatório Warren (que apontou Oswald como único autor), não é preciso ir longe para encontrar o culpado. "O maior inimigo de Kennedy era a CIA. A agência defendia a Guerra do Vietnã e Kennedy não", afirma Lane. "Quanto a Oswald, ele não fazia a menor ideia no que estava metido", diz o autor de livros como Rush to Judgement, Plausible Denial e Last Word.

Minutos depois desta cena, Kennedy seria assassinado — Foto: Bettmann/Getty Images 

Para outro estudioso, o jornalista Gerald Posner, a teoria mais estapafúrdia é a que responsabiliza o vice-presidente Lyndon Johnson. "Alguns gostam de culpá-lo porque o crime aconteceu no Texas (seu estado natal) e, em tese, era o que mais tinha a lucrar com a morte. Pensando assim, os vices são sempre os suspeitos nº 1, certo?", provoca o autor do livro Case Closed, que corrobora a versão de "lobo solitário". Lane e Posner podem divergir sobre quem matou Kennedy.

Para outro estudioso, o jornalista Gerald Posner, a teoria mais estapafúrdia é a que responsabiliza o vice-presidente Lyndon Johnson. "Alguns gostam de culpá-lo porque o crime aconteceu no Texas (seu estado natal) e, em tese, era o que mais tinha a lucrar com a morte. Pensando assim, os vices são sempre os suspeitos nº 1, certo?", provoca o autor do livro Case Closed, que corrobora a versão de "lobo solitário". Lane e Posner podem divergir sobre quem matou Kennedy. Mas em um ponto concordam: as teorias conspiratórias sempre existirão.

Mas, em um ponto concordam: as teorias conspiratórias sempre existirão.

Sendo verdadeiras ou não as conspirações sobre a morte, o fato é que ninguém tem dúvida de que a agência de inteligência americana (CIA) sempre demonstrou não gostar das atitudes políticas de John Kennedy. Talvez seja por tais motivos que os documentos oficiais que tratam da apuração do assassinato nunca tenham sido revelados.

Agora mesmo, no último 22 de outubro de 2021, o Presidente Biden anunciou que estava adiada a publicação de arquivos sobre assassinato de John Kennedy, indicando que tais documentos não serão divulgados até 15 de dezembro de 2022, às vésperas de que o crime complete 60 anos. Mas ninguém nos Estados Unidos e nem em qualquer parte do mundo tem certeza de que essa promessa será cumprida.

A visita de John Kennedy a Dallas, onde foi morto, tinha dois objetivos: angariar fundos para o Partido Democrata e conquistar votos para as eleições de 1964. Na disputa de 1960, o Texas foi um dos poucos estados em que o candidato democrata não teve maioria. Do roteiro de visita faziam parte também Houston, San Antonio e Fort Worth, onde Kennedy passou a noite do dia 21. Nenhuma delas, porém, oferecia tantos riscos à segurança do presidente quanto Dallas.

A Casa Branca identificou, previamente, grupos potencialmente hostis, como cubanos insatisfeitos com a fracassada tentativa de invasão à Baía dos Porcos, racistas furiosos com o apoio dado pelo presidente às leis dos direitos civis e conservadores temerosos com sua política de aparente tolerância ao comunismo. Apesar de advertido sobre possíveis incidentes, Kennedy dispensou a capota à prova de balas. Preferiu percorrer os 16 km em carro aberto.

Kennedy provavelmente ainda estaria vivo se o motorista William Robert Greer tivesse notado a gravidade da situação e acelerado a limusine. Ou, então, se o agente do serviço secreto à sua direita, Roy Kellerman, tivesse cumprido sua missão e projetado o corpo sobre o do presidente ferido. Um terceiro tiro explodiu a cabeça de Kennedy. Eram 12h30 do dia 22 de novembro de 1963: o dia que não terminou.



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