Ayrton Senna recebe, hoje, homenagens nas redes sociais em todo Brasil

Vinte e seis anos decorridos de sua trágica morte, o tricampeão mundial de Fórmula 1,  Ayrton Senna, permanece na memória de grande parcela da população brasileira como o maior ídolo esportivo do automobilismo, aquele que fazia a nação parar diante da televisão nas manhãs de domingo, impondo vitórias monumentais sobre seus adversários.

Ayrton Senna, que morreu no dia 01 de Maio de 1994, ao bater contra uma mureta em alta velocidade, no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália, foi três vezes campeão mundial, somou 41 vitórias ao longo da carreira e subiu 80 vezes ao pódio.

 INSTITUTO AYRTON SENNA

Neste feriado do dia do trabalho, quando se lembra a morte do grande ídolo, nem mesmo o confinamento dos brasileiros imposto pela pandemia do Coronavírus vai impedir que o memorável campeão seja homenageado Embora os eventos públicos, presenciais, sejam proibidos por causa do isolamento social, os brasileiros encontraram outros meios para exprimir sua saudade e admiração.

As redes sociais serão tomadas de depoimentos emocionados de pessoas que seguem fãs de Senna e que sentem muita falta das alegrias imensas que ele proporcionava nas pistas de todo o mundo.

 "É claro que gostaríamos de preparar um grande evento em homenagem ao Ayrton (Senna) como fizemos no ano passado em Interlagos, quando levamos mais de 20 mil pessoas no Senna Day. Mas isso não será possível por conta das circunstâncias atuais, mas temos certeza de que será igualmente especial compartilhando muitas histórias nas redes sociais", diz Bianca Senna, sobrinha do piloto e CEO de Senna Brands, em entrevista para a RF1.

As homenagens se estenderão até domingo, com presenças de Rubens Barrichello, Pietro Fittipaldi (da Haas), Sérgio Sette Câmara (da Red Bull), entre outros. O público poderá participar completando a frase "Meu Ayrton é…", como forma de expressar admiração pelo piloto brasileiro.

O legado de conquistas de Ayrton Senna elevou o nível do esporte a outro patamar. Após 20 anos, ainda há marcas a serem batidas pelos novos pilotos da Fórmula 1 e pesquisas atuais ainda apontam que o piloto e considerado o melhor de todos os tempos.

Entre algumas marcas invejáveis estão as suas 41 vitórias na Fórmula 1, o terceiro piloto com o maior número em toda a história. As 65 poles conquistadas em 10 anos de carreira somente foram superadas no décimo-quinto ano de carreira do único piloto a alcançá-las, Michael Schumacher. Entre as marcas ainda não superadas estão as seis vitórias em Monte Carlo, que lhe rendeu o apelido “Rei de Mônaco”.

Outra marca de Ayrton Senna era a sua performance na chuva. De suas 41 vitórias, 13 foram conquistadas em pista molhada, terreno em que era considerado imbatível pelos adversários. Já havia dado uma amostra do que poderia fazer logo em seu primeiro ano de Fórmula 1, quando conduziu sua limitada Toleman ao pódio de Mônaco sob forte temporal. A corrida foi interrompida momentos antes de Ayrton Senna ultrapassar a poderosa McLaren de Alain Prost.

No ano seguinte, sua primeira vitória na Fórmula 1, no Grande Prêmio de Portugal, não poderia acontecer de maneira diferente: debaixo de muita chuva, fez a pole position, liderou de ponta a ponta e só não aplicou uma volta no segundo colocado, Michele Alboreto.

É de Ayrton Senna da Chuva a melhor primeira volta de todos os tempos: aconteceu no Grande Prêmio da Europa, em Donington Park, em 1993, quando saiu da quarta posição com a pista molhada e fechou a primeira volta na liderança, após deixar para trás Michael Schumacher, Damon Hill e Alain Prost, os últimos dois com Williams muito acima dos demais carros naquele ano. Superou as limitações de sua McLaren para conquistar mais uma grande vitória.

Ayrton Senna ainda deixou como desafio uma categoria mais segura, e muito foi feito desde 1994: circuitos foram redesenhados, carros passaram por testes mais rígidos e novas regras surgiram para maior segurança dos pilotos, dos profissionais envolvidos e da plateia.

Reprodução

Por fim, Ayrton Senna transcendeu os limites nacionais quando se trata de sua idolatria. É até hoje relembrado em todas as corridas com homenagens de todos os tipos. Estes fãs consideram que há uma Fórmula 1 antes e uma depois da última corrida do piloto.

E, sem dúvidas, há mesmo.