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Blog Memória: 24 de agosto marca os 65 anos da morte de Getúlio Vargas

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No dia 24 de Agosto de 1954, hoje decorridos 65 anos, o Brasil via dar sequências aos dramáticos acontecimentos políticos do mês de Agosto, por muitos considerado o “ mês do desgosto”: desta data, o Presidente da República brasileira, Getúlio Vargas, pôs fim à própria vida, com um tiro no coração. Getúlio deixa um carta e nela ganhou destaque a famosa frase : “ deixo a vida para entrar na história.”

Certamente ele não necessitaria de um ato fatal, extremado, contra sua própria vida, para ter o reconhecimento da história. Getúlio Dorneles Vargas, gaúcho de nascimento, morto aos 72 anos de idade, consagrou-se como um dos presidentes mais populares do Brasil, com penetração muito forte no meio das camadas mais pobres, pois foi ele que criou e implantou as primeiras e avançadas legislações trabalhistas, com largo alcance na vida dos trabalhadores.

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Quem deu a notícia sobre o suicídio de Vargas foi seu ministro da Fazenda, Oswaldo Aranha. Pelo telefone, claramente emocionado, Oswaldo Aranha, leu para a Rádio Nacional a carta-testamento encontrada na mesinha de cabeceira do presidente morto: "Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada temo. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história".

O relógio indicava que faltavam 15 minutos para as 9 da manhã daquele 24 de agosto de 1954. Nunca o país assistira a tamanha comoção popular como a que veio logo após a divulgação da notícia: Getúlio Vargas se matara, em seu quarto, por volta de 8h30, com um tiro no peito.

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Multidões saíram às ruas. Enfurecidos, manifestantes depredaram a sede da Tribuna da Imprensa, o jornal de Carlos Lacerda, o mais cruel iidos adversários de Getúlio. Uma massa humana de 100 mil pessoas, a maioria em pranto incontrolável, desfilou diante do caixão do presidente, velado no antigo Palácio do Catete, no Rio. A imprensa noticiou que cerca de 3 mil pessoas presentes ao velório, vítimas de desmaios, mal-estares, crises nervosas e problemas de coração, precisaram ser atendidas pelo serviço médico do palácio.

Na enfermaria, o estoque de calmantes esgotou-se em minutos. O país inteiro quedou em estado de choque. Ninguém esperava por aquele desfecho para a crise que se abatera como uma nuvem negra sobre o governo, apesar de o próprio Getúlio ter dito, dias antes, com todas as letras: "Só morto sairei do Catete".

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