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Bomba explode dentro de ônibus em Tel Aviv e deixa 22 pessoas mortas

Segundo o chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, tenente-general Ehud Barak, a bomba foi detonada dentro do ônibus por um terrorista suicida

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Uma bomba explode dentro de um ônibus lotado na região central de Tel Aviv, lotado em Israel, causando imenso pânico e deixando mortas 22 pessoas e mais de 40 feridos. Esse atentando ocorreu no dia 19 de Outubro de 1994.

A rádio Voz da Palestina, sediada na área autônoma de Jericó, disse ter recebido um telefonema reivindicando o atentado em nome do Qassam, braço militante do Hamas, contrário ao acordo de paz entre os palestinos e Israel.

A Rádio Israel (estatal) informou ter recebido um telefonema de uma pessoa falando hebraico com acento árabe reivindicando o ataque em nome de 400 simpatizantes do Hamas expulsos por Israel em dezembro de 1992.

Segundo o chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, tenente-general Ehud Barak, a bomba foi detonada dentro do ônibus por um terrorista suicida.

Polícia acredita que bomba tenha sido deixada no ônibus, em Tel Aviv Foto: NIR ELIAS / REUTERS

Um repórter da Rádio Israel identificou o terrorista como Ichi Aiach, morador de Rafat, cidade próxima a Hebron, na Cisjordânia.

O chefe de polícia de Tel Aviv, Gabi Last, disse que a bomba tinha entre 10 e 20 quilos.

A bomba explodiu às 8h55 (4h55 em Brasília) e destruiu completamente o ônibus da linha 5 na parte norte da praça Dizengoff.

Os mortos estavam entre os passageiros do ônibus destruído, de outro que circulava no sentido contrário e entre pedestres.

Este foi o terceiro ataque contra israelenses este mês. O objetivo dos ataques é sabotar as negociações entre Israel e OLP.

Mas o governo de Israel informou que o ataque de ontem, o pior desde que comandos palestinos mataram 37 israelenses em 1978, não interromperá as negociações.

"Interromper o processo de paz agora singnifica ceder aos terroristas", disse o ministro israelense da Saúde, Ephraim Sneh.

O primeiro-ministro Yitzhak Rabin interrompeu uma visita ao Reino Unido e retornou a Israel assim que soube do atentado.

Os negociadores israelenses e palestinos reunidos no Cairo interromperam as negociações na manhã de hoje. Elas devem ser retomadas na segunda-feira.

Na semana passada, o premiê Rabin havia suspendido as negociações por causa do sequestro do soldado israelense Nachshon Waxman, morto durante a tentativa de resgate na última sexta-feira.

O ataque foi condenado pelos negociadores palestinos e pelo líder da Organização para a Libertação da Palestina, Iasser Arafat.

O chanceler israelense, Shimon Peres, disse que Arafat telefonou para dar os pêsames e oferecer ajuda para localizar os culpados.

"Apresento, em meu nome e no do povo palestino, minhas sinceras condolências às famílias dos inocentes que perderam suas vidas nesse ataque condenável", afirma nota assinada por Arafat.

O governo norte-americano condenou o ataque e pediu a vários países, entre eles a Síria, que usem sua influência junto ao Hamas para parar os atos terroristas.



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