Memória

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Brasil estraga festa dos norte-americanos e sagra-se tetracampeão

O “baixinho” Romário fez a diferença nos momentos mais decisivos.

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Faz hoje 25 anos, em 17 de julho de 1994, no encerramento da Copa dos EUA, que Seleção Brasileira chegou ao quarto título mundial de futebol, uma conquista considerada difícil, pois a equipe brasileira não tinha excelente qualidade e, portanto, não era apontada como favorita. O time tetra-campeão do mundo era formado por Taffarel, Jorginho, Aldair, Mauro Silva, Márcio Santos e Branco. Mazinho, Romário, Dunga, Bebeto e Zinho. O “baixinho” Romário fez a diferença nos momentos mais decisivos e se transformou no nome da Copa.

O Brasil foi de volta à final da Copa do Mundo, após amargar um ostracismo que durou 24 anos. Curiosamente, o rival era o mesmo de 1970, quando a nossa seleção sagrou-se tri-campeã, no México: a Itália. Desta vez, porém, não houve a mesma facilidade dos 4 a 1 construídos por Pelé e companhia.

A Azzurra, que tinha a volta do capitão Baresi, conseguiu segurar Romário e Bebeto, mas sofreu com seu craque, Roberto Baggio, que, longe das melhores condições físicas, também passou em branco. Pior: isolou seu chute na disputa de pênaltis que definiu o triunfo da Seleção, por 4 a 2, após empate em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. Assim, a taça retornava a solo brasileiro, e os sufocados gritos de "É Tetra", enfim, puderam sair da garganta dos torcedores.

O jogo final de 1994 foi difícil. No tempo normal, a partida terminou em empate sem gols. O placar permaneceu inalterado na prorrogação. A decisão da Copa do Mundo foi levada para os pênaltis.

O goleiro Taffarel estava diante de mais um cobrador de pênalti. À sua frente, o craque italiano Roberto Baggio a apenas alguns passos da bola que decidiria o destino da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. O coração nervoso do torcedor brasileiro era o contraste do olhar confiante do arqueiro. Aquele dia 17 de julho marcaria o fim do jejum de 24 anos sem levantar a taça. Taffarel e todo o povo brasileiro lançaram a euforia às alturas, tão alto quanto a bola batida pelo italiano. O Brasil tornava-se tetracampeão Mundial de futebol.

O principal jogador na campanha brasileira, Romário, entrou para sempre na galeria de grandes craques do futebol nacional. Mas o tetracampeonato reservou outras imagens inesquecíveis: a comemoração "embala-neném" de Bebeto, o gol de Branco contra a Holanda, as defesas de Taffarel, a expulsão de Leonardo.

A suspensão de Leonardo até o fim da Copa rendeu a Branco a vaga na lateral-esquerda. Em sua primeira partida como titular, o jogador foi decisivo. Com uma bomba em cobrança de falta, aos 36 minutos do segundo tempo, ele garantiu a vitória por 3 a 2 do Brasil. Antes, a Seleção havia começado bem, com gols de Romário e Bebeto, que comemorou fingindo embalar um bebê, em homenagem ao recém-nascido Mattheus - hoje jogador do Flamengo -, mas a Holanda reagiu e empatou com Bergkamp e Winter. Mas o dia era de Branco, tanto que nem Romário se atreveu a ficar no caminho da bola que morreria no canto esquerdo de De Goey e levaria os brasileiros às semifinais.

Na trajetória para chegar ao quarto título mundial, o Brasil passou apertos. No dia 04 de Julho, data das comemorações de aniversário dos Estados Unidos, a seleção enfrentava o time da casa e a festa estava toda montada para norte-americanos, tal a certeza que tinham de que venceriam o Brasil. Cauteloso, Parreira trocou o apagado Raí por Mazinho, numa tentativa de segurar a empolgação. Num duelo tenso, Leonardo foi expulso após desferir uma cotovelada em Tab Ramos aos 43 minutos do primeiro tempo. A sorte da Seleção é que a dupla de ataque funcionou: bola de Romário para Bebeto, que chutou cruzado para vencer Meola, garantir a vitória e se declarar ao companheiro: "Eu te amo!".



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