Memória

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Caso do Césio-137, em Goiânia, ainda gera consequências 32 anos depois

Este foi o mais grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil.

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Foi em 13 de Setembro de 1987, na cidade de Goiânia, capital do Estado de Goiás, que aconteceu um grave acidente radiológico, conhecido como acidente com o césio-137. Este foi o mais grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia, em Goiás. Foi classificado como nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a sete, em que o menor valor corresponde a um desvio, sem significação para segurança, enquanto no outro extremo estão localizados os acidentes graves.

O aparelho foi encontrado por catadores de um ferro-velho do local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares , além de ser considerado também o maior incidente envolvendo uma fonte radioativa.

Oficialmente, quatro pessoas morreram por exposição excessiva à radiação, mas o número de vítimas contaminadas ainda gera discussão, mesmo 30 anos após a tragédia ter ocorrido. O governo federal reconhece 120 pessoas contaminadas. O governo de Goiás, porém, fala em um número quase dez vezes maior: 1 032 casos. O acidente começou no dia 13 de setembro de 1987, quando dois sucateiros encontraram nas ruínas do antigo Instituto Goiano de Radioterapia, em Goiânia, um equipamento contendo césio-137. Essa substância radioativa acabou ficando exposta quando os sucateiros decidiram abrir o equipamento abandonado. Na época, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – órgão sediado no Rio de Janeiro, responsável pela fiscalização de fontes de radiação no país – examinou 112 800 pessoas, mais de 10% da população de Goiânia.



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