Memória

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Explosão da Charllenger mata os 7 ocupantes e abala programa espacial

O lançamento ocorreu de Cabo Canaveral, na Flórida, a nave explodiu 73 segundos após a decolagem, matando os sete tripulantes

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Em 28 de Janeiro de 1986, os Estados Unidos lança ao espaço a nave Challenger (STS-51-L), o 25º voo do programa do ônibus espacial norte-americano, e que marcaria o primeiro voo de uma pessoa que não era astronauta de formação a bordo de um ônibus espacial, a professora Christa McAuliffe. O lançamento ocorreu de Cabo Canaveral, na Flórida, a nave explodiu 73 segundos após a decolagem, matando os sete tripulantes. Essa tragédia causou um imenso abalo nos programas espaciais dos Estados, resultando, poucos anos depois, na sua paralisação.

A tragédia foi causada pelo rompimento de um anel de vedação no tanque externo de combustível sólido da nave, provocando um incêndio seguido de explosão. Esse foi o primeiro acidente fatal, em voo, de uma missão tripulada no programa espacial dos Estados Unidos. Os tripulantes mortos eram

o comandante Francis R. Scobee, o piloto Michael J. Smith, o especialista de Missão 1 Ellison S. Onizukaes, o especialista de Missão 2 Judith A. Resnik, o Especialista de Missão 3 Ronald E. McNair, e o Especialista de Carga 1 Gregory B. Jarvis, além da não astronauta, a convidada professora Christa McAuliffe.

Os objetivos planejados para esta missão eram: o lançamento de um satélite, o Tracking Data Relay Satellite-2 (TDRS-2); o transporte de material instrumental para voos espaciais dos ônibus espaciais para astronomia (SPARTAN-109), relacionado com experimentos com o Cometa Halley, tais como observação da cauda e do corpo do referido cometa, além do 'Programa para Monitoramento Ativo do Cometa Halley' (CHaMP); experimento com dinâmica de fluidos (FDE); experimento para partição de fases (PPE); três experiências do 'Programa para Inserção de Estudantes' (SSIP); e duas aulas para o 'Projeto Professor no Espaço' (Teacher in Space).

O lançamento da Challenger havia sido agendado para as 20:43 GMT do vigésimo segundo dia de Janeiro. Os atrasos com a 61C/STS-32 fizeram com que a data de lançamento fosse adiada para o dia 23 de janeiro e, posteriormente, para o dia 24 de janeiro. O lançamento foi re-marcado para o vigésimo quinto dia, devido ao mal tempo no local da TAL (Aterrissagem de Abordagem Transoceânica), uma operação de contingência, em Dakar, Senegal. A NASA decidiu, então, utilizar Casablanca para esta função; entretanto, devido ao fato de Casablanca não estar equipada para aterrissagens noturnas, o momento do lançamento (T=0) teve que ser movido para a manhã (Eastern Time).

Previsões de tempo não aceitável no Centro Espacial Kennedy fizeram com que o horário de lançamento fosse remarcado para as 14:37 GMT do vigésimo sétimo dia. O lançamento atrasou 24 horas, quando o grupo externo (neste caso, os técnicos no local de lançamento) não pode remover uma 'falha de fechamento' da escotilha do veículo. Quando esta falha foi eliminada, os ventos no SLF (Shuttle Landing Facility) excederam os limites de RTLS (Retorno ao Local de Lançamento). O lançamento, no dia 28, foi atrasado por duas horas, quando o sistema de detecção de incêndio falhou, durante os procedimentos com o carregamento de hidrogênio líquido. Contudo, a NASA se mantinha firme em sua decisão de lançar a nave naquela data, particularmente porque o presidente dos Estados Unidos na época, Ronald Reagan, havia planejado ter uma conversa com os astronautas, quando estes estivessem em órbita. Isto seria algo positivo para a agência, algo que poderia não se repetir, se fosse necessário o presidente alterar sua agenda para falar com os astronautas em data posterior.

Na noite antes do lançamento, a temperatura caiu para níveis muito baixos, atingindo - 6,6 °C. Alguns sistemas de água foram ligeiramente abertos e permitiram o fluxo da água aos drenos. Isto era para prevenir que a água nos canos congelasse e causasse rachaduras nos mesmos. Os drenos se congelaram e levaram a grandes fluxos. Fortes rajadas de vento espalharam a água ao redor do local de lançamento e se formou gelo em grande quantidade. O grupo do gelo, liderado por Charlie Stevenson, rapidamente entrou em ação e começou a remover o gelo que se depositava no TPS (Sistema de Proteção Térmica) da Challenger. O grupo já havia passado por uma experiência similar, mas de menor gravidade, um incidente ocorrido no pad 39-A, no lançamento das missões STS-51-C e STS-51-I. Nestes casos, os lançamentos haviam sido adiados.



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