Memória

Coluna sobre fatos históricos, acontecimentos e pessoas que marcaram a história da humanidade

Faz 100 anos, nesta terça-feira, da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana

A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana não obteve êxito, entretanto foi a primeira ação articulada contra a República Velha

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Dois acontecimentos marcantes para a história do Brasil foram registrados nesta data, o primeiro em 5 de julho de 1922, na cidade do Rio de Janeiro, foi a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, hoje completando exatos 100 anos.

O outro, foi a Revolta Paulista de 1924 ( há 98 anos), registrada também nesta data, caracterizada como um levante militar organizado por jovens oficiais do Exército que faziam parte do Tenentismo. Os rebeldes pretendiam derrubar o governo de Artur Bernardes, pois não estavam contentes com os rumos tomados pelos civis enquanto líderes da república brasileira.

Faz 100 anos, nesta terça-feira, da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana - Foto: Reprodução/Internet

A revolta de São Paulo aconteceu dois anos depois de um movimento tenentista ter ocorrido no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. O governo federal conseguiu debelar as revoltas tenentistas. Em São Paulo, os revoltosos, logo após perderem a batalha contra as tropas governistas, se reuniram em torno do tenente Luís Carlos Prestes e organizaram a Coluna Prestes, que percorreu o interior do Brasil denunciando os desmandos da República Velha.

Foi a primeira ação do movimento tenentista contra a República Velha. A Revolta tinha por finalidade derrubar o governo vigente e demonstrar insatisfação com a maneira que ocorreu a eleição para presidente.

Durante o processo eleitoral no ano de 1921 para presidência da República, o jornal Correio da Manhã publicou cartas ofensivas com a autoria do candidato Artur Bernardes, de Minas Gerais, ao ex-presidente Marechal Hermes da Fonseca. Bernardes negou a autoria, mas os militares principalmente do Clube Militar onde o Marechal Hermes da Fonseca era presidente ficaram descontentes com a publicação.

Faz 100 anos, nesta terça-feira, da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana - Foto: Reprodução/Internet

As eleições ocorreram em 1º de março de 1922 e o candidato Artur Bernardes foi eleito. Ocorreu contestação e insatisfação de outros estados e principalmente dos militares pela eleição de Bernardes. Os estados com clima político tenso realizaram rebeliões populares, então o exército foi acionado para conter os rebeldes no estado de Pernambuco. Hermes da Fonseca ordenou que os militares não interviessem nas revoltas. Tal atitude causou a sua prisão e o fechamento do Clube Militar. E dentro de todos os acontecimentos políticos, o presidente da república ainda nomeou um civil como Ministro da Guerra.

O descontentamento por parte dos militares mediante as ações do governo ocasionou a elaboração da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. No dia 4 de julho de 1922, o capitão do forte Euclides Hermes da Fonseca — filho do Marechal Hermes da Fonseca que estava preso, apoiado pelo tenente Siqueira Campos preparavam o forte para revolta que iniciaria pela manhã do dia seguinte. Os planos iniciais da revolta eram que alguns estados brasileiros e áreas militares do Rio de Janeiro participariam do levante, porém no final a revolta só ocorreu no forte, pois o governo federal já sabia da organização militar e a impediu.

Faz 100 anos, nesta terça-feira, da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana - Foto: Reprodução/Internet

Tenentes Eduardo Gomes, Mário Tamarindo Carpenter, Newton Prado, o civil Otávio Correa e um soldado não identificado. Foto: Zenóbio Couto. Fonte: Correio da Manhã / Biblioteca Nacional

No dia 5 de julho, o Forte de Copacabana foi bombardeado fortemente a mando do governo. Euclides Hermes da Fonseca e Siqueira Campos receberam um telefonema do Ministro da Guerra, solicitando a rendição do militares. Dos 301 militares que estavam no forte, renderam-se 272. O capitão Euclides Hermes saiu do forte para negociar com o Ministro da Guerra, e acabou sendo preso. Os que permaneceram no forte sob o comando do tenente Siqueira Campos, não bombardearam a cidade como o plano inicial, mas saíram em marcha pela Av. Atlântica, porém alguns militares abandonaram a revolta e restaram apenas 18 militares. No fim da marcha, os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes ficaram feridos além de dois soldados, o restante morreu em combate desigual.

A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana não obteve êxito, entretanto foi a primeira ação articulada contra a República Velha. Após essa revolta iniciaram-se outros movimentos com a mesma ideologia como a Comuna de Manaus (1924), a Revolução de Paulista (1924) e a Coluna Prestes (1925-1927), todas com a mesma finalidade: destituir a Oligarquia Cafeeira.

A Revolta Paulista de 1924 foi um levante militar tenentista ocorrido em São Paulo que pretendia derrubar o governo de Artur Bernardes, mas que foi derrotado pelas tropas federais.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES