Memória

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Grave acidente com boeing mata os seus 144 ocupantes em Portugal

Devido ao impacto e às explosões, os corpos se espalharam por quilômetros dentro da mata, sendo impossível reconhecê-los

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Foi no dia 8 de Fevereiro de 1989, que se deu um dos mais graves acidentes aéreos em território de Portugal, quando uma aeronave de passageiros, um Boeing 707-331B, colidiu com um pico montanhoso, numa altitude de 546 metros, quando se aproximava para pouso no Aeroporto de Santa Maria. O avião explodiu e matou todos os seus 144 ocupantes, 137 passageiros e 7 tripulantes. Devido ao impacto e às explosões, os corpos se espalharam por quilômetros dentro da mata, sendo impossível reconhecê-los. Esse era um voo da empresa Independent Air 1851, que transportava turistas.

Devido à transmissão da Torre de Controlo do Aeroporto de Santa Maria, a aeronave ficou 240 pés abaixo do que era indicado a bordo. Este foi, até aquela data, "o maior desastre aéreo ocorrido em território nacional", segundo as autoridades. O impacto deu-se a 546 metros de altitude, durante a manobra de aproximação à pista, a uma velocidade de 226 nós (426 km/k), acarretando a dissipação dos destroços por uma vasta área. Os corpos, carbonizados, mutilados e irreconhecíveis, distribuíram-se por vários quilômetros quadrados, na mata.

Comunicações técnicas deficientes por parte do 1º oficial que começou a fase descendente para os 3 mil pés, indicados pela torre de controlo, sem que esta tivesse acabado a transmissão;

A torre de controlo não confirmou se as transmissões para a descida foram recebidas;

A tripulação não respeitou os procedimentos estabelecidos nos manuais da companhia, nomeadamente no que diz respeito à disciplina de cockpit, ao briefing de aproximação e à confirmação das autorizações para a descida, uma vez que se encontravam abaixo dos 10 000 pés (3 048 metros) de altitude;

Apatia geral da tripulação, no que diz respeito, ao GPWS e aos valores mínimos de altitude;

Não houve uso da fraseologia standard, tanto por parte do controlador aéreo, quanto pela tripulação, nas comunicações;

Inexperiência da tripulação em voos internacionais, principalmente do 1º oficial;

Treino deficiente da tripulação no que concerne ao GPWS;

Utilização de uma rota não autorizada segundo a AIP-Portugal (Aeronautical Information Publication);

O plano de voo foi efetuado de uma forma deficiente.

Entre os 170 acidentes envolvendo aeronaves Boeing 707, este foi o quarto com maior número de vítimas. Após o acidente a Independent Air viu suspensos os seus contratos com os operadores turísticos e veio a encerrar as suas atividades em 1990. O desastre também impulsionou a criação da corporação de bombeiros voluntários de Vila do Porto.



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