Memória

Coluna sobre fatos históricos, acontecimentos e pessoas que marcaram a história da humanidade

Há 20 anos, a última ceia foi devolvida, após 22 anos de restauração

A restauração de Brambilla envolveu a retirada de cinco camadas de tinta de restaurações anteriores e a recuperação de aspectos originais da pintura

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

No dia 28 de maio de 1999, após uma extenuante e meticulosa atividade que levou nada menos do que 22 anos de execução, uma equipe de especialistas liderada pela conhecida restauradora de arte italiana Pinin Barcilon concluiu a restauração da obra-prima de Leonardo da Vinci, Última Ceia, devolvendo a relíquia histórica à visitação pública na Santa Maria Delle Grazie ( Igreja de Nossa Senhora das Graças), em Milão, onde está pintada.

Trata-se do mais valioso trabalho de restauração de que se tem notícia, preservando por várias dezenas de anos a obra mais representativa da arte italiana, pintada pelo gênio Da Vinci, que viveu entre 1452 e 1519. Acredita-se que, a cada 100 anos, seja feito algum tipo de restauração, para reparar a ação danosa do tempo. Durante a solenidade de entrega da obra ao convívio público, o dirigente máximo Ministério do Patrimônio e da Cultura e Turismo da Itália, Oscar Farinetti, piemontês fundador do super-empório italiano Eataly, afirmou, no auge do seu contentamento: “Garantiremos mais 500 anos de vida à obra”.

Como está a obra A Última Ceia, hoje? É extraordinária. Uma das maiores expressões de arte para o mundo, pintada no anexo da Igreja Santa Maria delle Grazie (Igreja Nossa Senhora das Graças), em Milão, na Itália. Mas é muito frágil por três motivos: devido à técnica com a qual foi pintada no final do século XV, por conta da degradação lenta e diária devido às micropartículas de poeira introduzidas minimamente pelos 400 000 visitantes anuais e, por fim, pela própria composição do ar da cidade. Por isso, o Ministério do Patrimônio e da Cultura e Turismo aprovou um importante projeto de restauração de ar no local.

A restauração de Brambilla envolveu a retirada de cinco camadas de tinta de restaurações anteriores e a recuperação de aspectos originais da pintura.

O trabalho exaustivo de limpeza, secagem e repintura do afresco de 4 metros e 30 centímetros de altura custou milhões de euros e levou mais de 20 anos.

A Última Ceia é uma pintura sobre parede realizada por Leonardo da Vinci entre 1494 e 1497 no refeitório do Convento de Santa Maria Delle Grazie, em Milão, Itália.

A composição pictórica mede 4,60 por 8,80 metros e é uma das obras mais famosas do mundo e das mais conhecidas do artista, assim como uma das mais estudadas e copiadas de todos os tempos.

Segundo a Bíblia, a obra retrata o instante em que Jesus revela seu traidor. A passagem é de João 13:21: “Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair. Então os discípulos olhavam uns para os outros, duvidando de quem ele falava.Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus.

Então Simão Pedro fez sinal a este, para que perguntasse quem era aquele de quem ele falava.

E, inclinando-se ele sobre o peito de Jesus, disse-lhe: Senhor, quem é?

Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão.

A Última Ceia está entre as pinturas mais famosas de todos os tempos e é tida como um dos maiores tesouros da humanidade. A sua importância não está no tema, muito comum à época, em refeitórios, mas na interpretação que o pintor dá a ele. A pintura retrata um dos momentos mais dramáticos da vida terrena de Jesus, quando anuncia aos apóstolos que será traído por um deles. Enquanto o Mestre mostra-se tranquilo, com os abraços abertos simbolizando aceitação, seus discípulos apresentam-se extremamente estarrecidos. Da esquerda para a direita (sob o ângulo de quem está diante da pintura), estão no primeiro grupo: Bartolomeu, Tiago Menor e André; no segundo: Judas Iscariotes (cabelo branco inclinado contra o suposto João), Simão Pedro e João; Jesus Cristo está ao centro; no terceiro grupo: Tomé, Tiago Maior e Filipe e no quarto grupo estão Mateus, Judas Jésus e Simão Cananeu também conhecido por Simão, o Zelote.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES