Memória

Coluna sobre fatos históricos, acontecimentos e pessoas que marcaram a história da humanidade

Há dez anos, o mundo perdeu a genialidade de José Saramago

Por Memória

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“A genialidade de Saramago evidenciou em sua literatura a total fragilidade da condição humana no mundo.”

Este 16 de junho marca os dez anos da morte de  José Saramago, o genial escritor, poeta, contista, dramaturgo e jornalista português, que cumpriu magistralmente o papel de tornar evidente, em sua literatura, a total fragilidade da condição humana no mundo. É considerado a maior expressão da literatura portuguesa contemporânea. Foi o primeiro escritor em língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998.

Saramago nasceu em 16 de novembro de 1922, na aldeia de Azinhaga. A aldeia é localizada na província portuguesa do Ribatejo. Se vivo estivesse, hoje completaria 98 anos de idade. Morreu aos 88 anos, tendo deixado um legado literário monumental, firmando-se como alguém de posições avançadas, um progressista e ferrenho crítico da condição humana e da estrutura econômica e social do mundo.

O escritor morreu em 18 de junho de 2010, em Lazaronte, na Espanha, na presença da esposa, a jornalista espanhola Pilar Del Rio, e da família. José de Souza Saramago morou a maior parte da vida em Lisboa, para onde a família migrou quando ele tinha dois anos de idade. Apesar do reconhecimento como escritor, frequentou somente cursos técnicos. Por cinco anos esteve na escola para aprender o ofício de serralheiro mecânico.

O nome Saramago só foi descoberto quando passou a frequentar a escola. Foi adicionado de forma espontânea pelo funcionário do cartório em alusão ao apelido da família. Saramago é o nome de uma planta que cresce na região onde o escritor nasceu.

Foi desenhista, funcionário público dos setores de saúde e segurança social, jornalista, editor e tradutor. Também foi diretor literário e de produção de uma revista literária, a Seara Nova.

No período de 1972 a 1973, foi comentarista político no jornal Diário de Lisboa, onde também coordenou um suplemento cultural. Saramago também integrou a Associação Portuguesa de Escritores e foi diretor adjunto do Diário de Notícias.

Em 1976, tomou a decisão de viver exclusivamente da literatura. Começou como tradutor antes de chegar à fase autoral. Recebeu o Prêmio Camões em 1995.

Principais Obras

Terra do Pecado (1947)

Manual de Pintura e Caligrafia (1977)

Levantado do Chão (1980)

Memorial do Convento (1982)

O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984)

A Jangada de Pedra (1986)

História do Cerco de Lisboa (1989)

O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991)

Ensaio sobre a Cegueira (1995)

Todos os Nomes (1997)

A Caverna (2000)

O Homem Duplicado (2002)

Ensaio sobre a Lucidez (2004)

As Intermitências da Morte (2005)

Caim (2009)

A Viagem do Elefante (2008)

Claraboia (2011)

Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas (2014)

Biografia de José Saramago

José Saramago (1922-2010) foi um importante escritor português. Destacou-se como romancista, teatrólogo, poeta e contista. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, o Prêmio Camões, entre outros. José Saramago nasceu em Azinhaga de Ribatejo, no concelho de Golegã, distrito de Santarém. Portugal, no dia 16 de novembro de 1922. Filho de camponeses com dois anos de idade mudou-se com a família para Lisboa.

Formação

Estudou em escola técnica onde concluiu o curso de serralheiro mecânico. Trabalhou como serralheiro, foi funcionário público na área da saúde e da Previdência Social. Autodidata, adquiriu grande cultura na literatura, filosofia e história.

Carreira literária

José Saramago estreou na literatura com o romance “Terra do Pecado” (1947). Foi diretor literário de uma editora, jornalista e tradutor. Colaborou com vários jornais e revistas, entre eles, o Diário de Lisboa, A Capital e a Seara Nova, onde exerceu a função de cronista.

Sua trajetória literária passou por várias fases, a primeira, foi marcada pela poesia, com "Os Poemas Possíveis" (1966) e “Provavelmente Alegria” (1970), e pela crônica “Deste Mundo e do Outro” (1971).

A partir do final dos anos 70 dedicou-se ao teatro, escreveu “A Noite” (1979), peça que tem como cenário uma redação de um jornal na noite de 24 para 25 de abril de 1974. A peça recebeu o Prêmio da Associação de Críticos Portugueses.

A ficção de Saramago começou com o romance “Manual de Pintura e Caligrafia” (1976). Publicou dois volumes de contos “Objeto Quase” (1978) e “Poética dos Cinco Sentidos” (1979).

Como romancista o autor se consagrou ao receber o “Prêmio Cidade de Lisboa” com “Levantando do Chão” (1980), que se tornou Best-Seller internacional. Com as obras, “Memorial do Convento” (1982), “O Ano da Morte de Ricardo Reis” (1984), (Prêmio do Pen Clube Português, o Prêmio da Crítica, o Prêmio Dom Diniz e o Prêmio do Jornal The Independente), “A Jangada de Pedra” (1988) e “História do Cerco de Lisboa” (1989), desenvolveu uma espécie de historicismo fantástico.

José Saramago pertenceu à primeira Direção da Associação Portuguesa de Escritores. Foi presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Autores, entre 1985 e 1994.

O escritor publicou um título no campo da literatura infanto-juvenil, “A Maior Flor do Mundo” (2001), livro escrito em parceria com o ilustrador João Caetano, que recebeu o Prêmio Nacional de Ilustração. José Saramago faleceu em Tias, Espanha, no dia 18 de junho de 2010.

Prêmios

Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada (1985)

Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras Francesas (1991)

Prêmio Camões (1995)

Prêmio Nobel de Literatura (1998)

Doutor Honoris Causa (1999), pela Universidade de Nottinghan, na Inglaterra.

Doutor Honoris Causa (2004), pela Universidade de Coimbra.



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