Memória

Coluna sobre fatos históricos, acontecimentos e pessoas que marcaram a história da humanidade

Hoje é ano novo, mas muitos povos o celebram em datas diferentes

O primeiro povo a celebrar a festa de passagem teria sido o da Mesopotâmia

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Grande parte da humanidade celebra hoje o Ano Novo, a passagem de 31 de Dezembro para primeiro de Janeiro, uma confraternização que resulta, igualmente, nos festejos do Reveillon, com as pessoas de diferentes culturas expressando suas esperanças de que o ano que começa será sempre melhor do que o que termina.

Mas isso nem sempre foi assim. Também não é assim em todas as partes do planeta Terra, embora o costume dessa celebração não seja novo, tenha se iniciado há pelo menos 4 mil anos. O costume de celebrar a chegada de um novo ciclo’mm. Mas,naquela época, em vez de um "ano" novo, a passagem do tempo era contada pelas estações do ano.

O primeiro povo a celebrar a festa de passagem teria sido o da Mesopotâmia, área que corresponde hoje aos territórios de Iraque, Kuwait, Síria e Turquia. Por dependerem da agricultura para sobreviver, eles celebravam o fim do inverno e início da primavera, época em que se iniciava uma nova safra de plantação.

Com isso, a festa de passagem dos mesopotâmicos não se dava na noite do dia 31 de dezembro para 1º de janeiro, mas sim do dia 22 para o 23 de março, data do início da primavera no Hemisfério Norte.

O ano novo chinês é comemorado em uma data variável entre os meses de fevereiro e março do nosso calendário gregoriano. O ano novo nos países orientados pelo calendário islâmico começa no mês de Muharram, também em data variável, que em 2015 caiu em 14 de outubro, quando teve início o ano de 1437 da era da Hégira. Na Índia, o ano novo também foi comemorado em novembro passado, na primeira lua nova do mês de Kartika, embora, como no caso dos judeus, entre outros, o mês em que se festeja o ano novo não seja necessariamente o mesmo em que começa oficialmente o calendário, o que mostra que a os povos levam em consideração como passagem de ano é um fenômeno cultural relativamente independente das definições oficiais ou dos ajustes astronômicos que possam existir por trás delas. Apesar da predominância global do calendário gregoriano, adotado inclusive na China desde 1912, continuam a ser muito diferentes as datas e as maneiras como as diversas sociedades encaram o fim e o início de seu ciclo anual. O 1 de janeiro é apenas uma das alternativas.

Para que hoje tenha se tornado possível comemorar o ano novo em 1 de janeiro, teve de existir, antes, o próprio mês de janeiro, que, segundo Plutarco, foi acrescentado ao calendário de Rômulo por seu sucessor, Numa Pompilio, no século VIII antes de Cristo. O calendário utilizado em Roma até então tinha 10 meses lunares e começava na primavera, na lua cheia mais próxima do equinócio de março (os idos de março). Esses 10 meses marcavam um ritmo dificilmente ajustável ao das estações e do ciclo solar, que tinham uma importância evidente para a atividade no campo e haviam sido adotados anteriormente pelos egípcios. Para que houvesse um ajuste melhor, Numa acrescentou o décimo-primeiro mês, ianarius, e o décimo-segundo, februarius. O mês de fevereiro recebeu seu nome das festas de preparação da primavera, chamadas Februa (limpeza, purificação), que, com o tempo, passaram a fazer parte das celebrações das Lupercales. O mês de janeiro, no entanto, diante da ausência de uma referência concreta, foi dedicado ao deus Jano, cujo culto foi ativamente incentivado por Numa. Ainda assim, apesar de ter doze meses, o ano romano continuou a começar na primavera até 153 a. C, um século antes da reforma do Calendário Juliano.



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