Memória

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Incêndio no edifício Joelma em SP, deixa 187 mortos e cerca de 300 feridos

Tudo começou a pegar fogo depois de um curto-circuito no sistema de refrigeração do Banco Crefisul

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O incêndio que atingiu o edifício Joelma, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, no do dia 1º de fevereiro de 1974, foi uma das maiores catástrofe3s do Brasil. O fofo começou a tomar o prédio por volta das 8h50 da manhã, atingiu os 25 andares do prédio, deixando o lamentável saldo de 187 mortos e cerca de 300 feridos, muitos deles em estado grave. O Joelma era um prédio novo, inaugurado em 1971, portanto com apenas três anos de ocupação, localizado bem próximo à Avenida Nove de Julho, uma das artérias mais movimentadas da capital paulista.

Tudo começou a pegar fogo depois de um curto-circuito no sistema de refrigeração do Banco Crefisul, que ocupava boa parte do Joelma. O incêndio começou no 12º andar, durou mais de três horas, destruiu 14 pavimentos.

Imagem: Wikimedia Commons

Apesar da estrutura do Joelma ser de concreto armado, as chamas tomaram conta do edifício com rapidez. As salas eram repartidas por divisórias e havia carpetes, móveis de madeira, cortinas de tecido e outros materiais inflamáveis que contribuíram para o alastramento do fogo. Além disso, os botijões de gás nas copas das empresas explodiram como bombas, lançando blocos de paredes para baixo.

Não havia escadas de incêndio ou heliporto na cobertura do Joelma, o que impossibilitou o pouso dos helicópteros, que se aproximavam apenas para jogar toalhas molhadas e cordas. Mais de sessenta pessoas que fugiram para o terraço morreram carbonizadas. Várias A população paulistana mal começava a se esquecer do pavoroso incêndio do edifício Andraus, ocorrido menos de 2 anos antes, em 24 de fevereiro de 1972, uma outra tragédia volta a acontecer. Agora, foi a vez do edifício Joelma, junto à Praça das Bandeiras, na esquina da Avenida Nove de Julho com Rua Santo Antônio. No incêndio do Andraus morreram 16 pessoas e 345 ficaram feridas. A tragédia não foi maior, com o número de mortos bem maior, porque o Andraus, diferentemente do Joelma, possuía escadas de incêndio e heliporto, o que facilitou o resgate de centenas de pessoas com vida.

Imagem: Reprodução

A televisão mostrou as imagens do incêndio e do trabalho dos bombeiros. A cena mais dramática, documentada pelo cinegrafista Reynaldo Cabrera, cujas imagens também foram ao ar no JH, foi a queda de um homem do último andar do prédio. O cinegrafista, que não registrou o momento do impacto no solo, lembra o episódio: “Ele não se atirou, caiu. Calor, intoxicação, nervosismo, as pessoas simplesmente caíam. Ele caiu rente ao prédio e chegou a bater de raspão em uma escada Magirus. Quando o corpo estava para atingir o chão, eu cortei (a imagem). Eu achava que a queda tinha uma mensagem jornalística, mas o corpo depois de uma queda de 26 andares bate e explode.”

“Ele caiu rente ao prédio e chegou a bater de raspão em uma escada Magirus.”



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