Kennedy e Jackie: do casamento do século ao assassinato 10 anos depois

Foi numa data igual a esta, no ano de 1953, em que o então senador democrata dos Estados Unidos, John F. Kennedy, casou com Jacqueline Bouvier, que viria a consagrar-se com Jackie Kennedy, transformando-se numa das mulheres mais famosas e invejadas do mundo. John Kennedy viria, por sua vez, firmar-se como um dos homens mais poderosos do planeta, na condição de Presidente eleito dos EUA. Sete anos depois, o casal iria se tornar o mais jovem presidente e a mais jovem primeira-dama da história americana.

Jonh F. Kennedy, que seria o trigésimo-quinto Presidente dos Estados Unidos, firmou uma liderança incomparável, amparado no charme que o tornaria queridinho não apenas nos Estados Unidos, mas em quase todo o mundo. Mas, provavelmente, os mesmos atributos que o tornavam uma pessoa querida, também levantavam ódios em setores contrários a sua liderança e ao seu Governo. Assim, pouco mais de 10 anos após seu casamento com Jackie, John seria assassinado em plena luz do dia, quando desfilava em carro aberto na cidade de Dallas, no Texas, no dia 22 de novembro de 1963.

Jacqueline Bouvier Kennedy nasceu em uma família abastada de Nova York, em 1929, e se transformou em uma exímia amazona e uma leitora voraz. Em 1951, após se formar na Universidade George Washington, Jackie, como era chamada, passou um tempo na Europa. Naquele mesmo ano, ela retornou aos EUA para seu primeiro emprego no jornal Washington Times-Herald. Seu trabalho consistia em interrogar pessoas sobre temas polêmicos e escrever uma coluna.

Pouco depois, ela conheceu um jovem senador de Massachusetts, um cobiçado solteiro e "bonitão", chamado John Kennedy, em um jantar em Georgetown. Eles namoraram ao longo dos próximos dois anos, período em que Jackie refletiu a ideia de que ela poderia realmente se casar com um homem que era alérgico a cavalos, algo que ela nunca pensou que iria considerar. Em 1953, os dois iniciaram o noivado, quando Kennedy deu a Jack um anel de diamantes e esmeraldas da Van Cleef e Arpels.

O casamento aconteceu na Igreja de St. Mary, em Newport, Rhode Island. Jackie usou um vestido marfim, feito por Ann Lowe. A missa católica teve presença de 750 convidados e depois mais 450 pessoas chegaram para a recepção do casamento na Fazenda Hammersmith, da família de Jackie.

Em 12 de setembro de 1953, John F. Kennedy, o futuro 35º presidente dos Estados Unidos, e sua noiva Jacqueline Lee Bouvier trocaram alianças na Igreja de St. Mary em Newport, Rhode Island, nos Estados Unidos.

O casamento foi resultado do namoro de dois anos entre Kennedy, um jovem congressista de Massachusetts; e Bouvier, filha de uma família bem relacionada de Nova York.

Naquele jantar em Georgetown em que conheceu John Kennedy, Jackie ficou instantaneamente impactada. Em cartas ao amigo da família e ao padre Joseph Leonard em 1952, ela escreveu que seu tempo com Kennedy lhe deu "uma visão incrível sobre os políticos - eles realmente são uma raça separada".

De acordo com o New York Times, o casamento entre os dois foi o grande evento social de 1953, "uma união de poderosas e ricas famílias católicas romanas cujos cientistas eram bonitos, charmosos, modernos e inteligentes. Tinha um cheiro da realeza americana".

De acordo com a revista LIFE na época, mais de 600 diplomatas, senadores e figurões da sociedade norte-americana se aglomeraram na igreja para a cerimônia - e, mais tarde, cerca de 900 convidados participaram da recepção na Hammersmith Farm, propriedade pertencente ao padrasto da noiva.

Havia tantas pessoas na recepção, segundo jornais noticiaram na época, que os noivos levaram cerca de duas horas para apertar as mãos de todos os convidados.

Durante a festa, o casal dançou uma versão da Orquestra de Meyer Davis da canção "I Married an Angel". E, então, quando saíram para a lua de mel em Acapulco, no México, foram presenteados com uma chuva de confete de pétalas de rosa e arroz.