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Massacre terrorista em escola militar no Paquistão deixa 145 jovens mortos

O massacre foi obra do Talibã, um grupo que tenta impor ao Paquistão um regime submetido a uma interpretação distorcida do islamismo

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Um grupo armado formado por terroristas do Talibã invadiu uma escola de formação militar no Paquistão e matou 145 pessoas, a maioria pré-adolescentes e adolescentes, entre 12 e 16 anos.

O massacre foi obra do Talibã, um grupo que tenta impor ao Paquistão um regime submetido a uma interpretação distorcida do islamismo e que se vale de ações terroristas para impor seus princípios.

A tragédia aconteceu no dia 16 de dezembro de 2014, há exatos sete anos.

Os atiradores invadiram a escola e começaram a atirar nos jovens, todos fardados, em cujas roupas estava escrito: “Eu devo crescer e brilhar”.

Membros do Exército do Paquistão entraram nesta quarta-feira (17) na escola que foi palco do massacre - Foto: EFE

Eles não poupavam ninguém, saíam atirando dentro das salas-de-aula. Até uma criança de dois anos, que estava com os pais visitando a escola onde seus irmãos estudavam, foi morta.

Por onde passavam, os terroristas iam deixando jovens tombando, atingidos pelos disparos, marcando uma imagem desoladora.

Nas ambulâncias, com pressa, médicos tentaram dar conta de tantas vítimas: estudantes baleados aleatoriamente no meio da aula.

Um rapaz, na maca do hospital, contou que, nesse dia, tinha prova de química. "Os atiradores entraram e dispararam contra todos os alunos da sala. Mataram até uma criança de dois anos que estava visitando".

Sobreviventes tinham marcas do massacre também nas roupas. Do lado de fora, consolar os pais foi um trabalho em vão. Um militar contou que os terroristas jogaram gasolina em um professor e atearam fogo em frente às crianças.

Os sete atiradores saltaram o muro da escola para entrar. Militares paquistaneses vasculharam sala por sala até cercar os homens-bomba. Ainda houve trocas de tiros entre os militares e os terroristas, que acabaram mortos.

À noite, paquistaneses fizeram uma vigília pelas vítimas do massacre. Uma multidão se reuniu para o funeral de uma das vítimas, um jovem de 15 anos. O pai disse que ele foi baleado no peito e em uma das mãos.

A escola fica na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão e a 120 quilômetros da capital, Islamabad. Muitos alunos são filhos e filhas de militares. O grupo terrorista Talibã assumiu a autoria do massacre.

O Talibã é um grupo armado que pretende impor ao governo uma interpretação das leis do islamismo. Começou a atuar no Afeganistão nos anos 1990, depois que acabou a ocupação da antiga União Soviética. Em 1996, o grupo criou um governo no Afeganistão e passou a massacrar a oposição.

A maior parte dos mortos e feridos é de meninos entre sete e 17 anos que estudavam neste colégio administrado pelos militares - Foto: EFE

Mulheres foram brutalmente oprimidas, proibidas de estudar e de sair de casa sem a companhia de um homem. Em 2001, o Talibã chocou o mundo com uma demonstração gigantesca de intolerância religiosa. O grupo demoliu os Budas de Bamiyan - esculturas do século VI, consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

O Talibã foi tirado do poder depois dos atentados de 11 de setembro contra os Estados Unidos. Os terroristas da Al-Qaeda, que planejaram os atentados, usaram o Afeganistão como principal base. E contavam com o apoio do governo Talibã.



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