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Memória: 25 de agosto marca os 58 anos da renúncia de Jânio Quadros

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Alegando “ forças ocultas”, apenas sete meses após assumir a Presidência da República brasileira, em 25 de Agosto de 1961, Jânio da Silva Quadros renuncia ao cargo, dando início a uma das mais graves crises na política nacional, que resultaria no golpe militar de 1964 e, daí, num longo período de ausência da democracia.

Jânio Quadros surpreendeu o país com a sua renúncia, num ato que pegou de surpresa toda a nação. Sua renúncia foi prontamente aceita pelo Congresso Nacional, e especula-se que talvez Jânio não esperasse que sua carta-renúncia assinada fosse realmente entregue ao Congresso.

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Jânio atribuiu a renúncia a "forças ocultas", alegando que a pressão de "forças terríveis" o obrigava a renunciar, mas ele não falou quais eram estas "forças". Com sua saída, teve início uma crise, já que os ministros militares vetavam o nome do vice João Goulart. Assim, o poder ficou provisoriamente com Ranieri Mazzili, enquanto acontecia a Campanha da Legalidade, em que se destacou  Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e cunhado de Jango. 

Houve a adoção do regime parlamentarista, que teve como primeiro Primeiro Ministro Tancredo Neves. Este regime de governo, contudo, acabou após um plebiscito em 1963, quando também já haviam passado pelo cargo Brochado da Rocha e Hermes Lima. Com o Regime Militar em 1964, tanto Jânio Quadros, quanto os ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek tiveram seus direitos políticos cassados.

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Leia trecho da carta-renúncia de Jânio Quadros:

"Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou indivíduos, inclusive, do exterior. Forças terríveis levantam-se contra mim, e me intrigam ou infamam, até com a desculpa da colaboração. Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, e indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo, que não manteria a própria paz pública. Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes e para os operários, para a grande família do País, esta página de minha vida e da vida nacional. A mim, não falta a coragem da renúncia.

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Saio com um agradecimento, e um apelo. O agradecimento, é aos companheiros que, comigo, lutaram e me sustentaram, dentro e fora do Governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade.

O apelo, é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios para todos; de todos para cada um.

Somente, assim, seremos dignos deste País, e do Mundo.

Somente, assim, seremos dignos da nossa herança e da nossa predestinação cristã.

Retorno, agora, a meu trabalho de advogado e professor.

Trabalhemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria.



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