Morte de 4 estudantes marca início da Revolução Constitucionalista

O 23 de maio é uma data marcante para a população de São Paulo, sempre lembrada com respeito, pois foi nesse dia, no ano de 1932, há 87 anos, que quatro estudantes paulistas, em confronto com tropas do Governo Vargas, tombaram, vítimas de das balas disparadas pelos militares. O fato aconteceu na praça da República. Era o estopim para uma luta de várias semanas, em que o povo colaborou de todas as formas para a vitória das forças de São Paulo.

A tragédia foi determinante para que fosse criado o movimento chamado de MMDC, numa alusão aos quatro jovens assassinados: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Os jovens somam-se a milhares de paulistanos que exigiam que o então Governo Getúlio Vargas (1930-1945) desse ao Brasil uma nova Constituição.

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Em memória dos jovens mortos, a data passou, desde então, a ser celebrada como o Dia do Soldado Constitucionalista, que é comemorada em todo o Brasil, com especial destaque no Estado de São Paulo.

Meses após esse sangrento episódio, em 9 de julho, os revolucionários decidiram pegar em armas e convocar voluntários para o que ficou conhecido como Revolução Constitucionalista.

Os paulistas, apesar do ânimo que os movia, cercados de dificuldades materiais para adquirir armas, munições e alimentos, foram derrotados pelas tropas do governo central.

Mesmo sendo obrigados a reconhecer a derrota, os paulistas foram contemplados, meses depois, com a vitória sobre os objetivos do movimento. Em 1934 Vargas anunciou uma nova Constituição para o país, num certo reconhecimento de que a causa era justa.