Memória

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Recordista olímpico, Jesse Owens sofreu ira de Hitler e preconceito

Owens bateu quatro recordes durante os Jogos Olímpicos de Verão de Berlim, de 1936

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Há 40 anos, em 31 de março de 1980, morreu, aos 66 anos, vítima de câncer no pulmão, Jesse Owens, aquele que foi um dos maiores atletas de todos os tempos. Defendendo os EUA, seu país de origem, Owens bateu quatro recordes durante os Jogos Olímpicos de Verão de Berlim, de 1936, quando a Alemanha vivia sob o domínio de Adolfo Hittler, no auge de um regime tragicamente arbitrário, que pregava o predomínio da “ raça pura.”

Jesse Owens, era um jovem negro de 23 anos e diante de platéias fanáticas por Hitler e sua “ raça pura”, bateu 4 recordes nos jogos de Berlim: 100 e 200 metros raros, revezamento 400 metros e salto em distância. Diante do gigantesco feito, o jovem negro norte-americano foi estupendamente vaiado, hostilizado pelo público alemão e ignorado plenamente pelo ditador Adolfo Hittler.

Faltavam ainda 3 anos para começar a Segunda Grande Guerra, mas essa estrondosa vitória de Owens é vista por vários historiadores como a primeira humilhante derrota de Hitter.

Owens era neto de escravos, originário do Alabama e sétimo filho de uma família de colhedores de algodão, Jesse Owens, então com 23 anos, foi a Berlim não para bater um, mas quatro recordes olímpicos: 100 e 200 metros rasos, revezamento de 400 metros e salto em distância, colocando-se aos olhos dos alemãs como um inimigo. 

Nessa última modalidade, salto em distância, a vitória foi sobre o alemão Lutz Long. Hittler, que estava presente na tribuna de honra, recusou-se a descer para as homenagens formais ao atleta, movido por imensa ira.

 Mas as reações negativas a Owens, ironicamente, não partiram só dos alemãs que ele humilhou com seu brilho e talento.

Embora seja considerado um ícone do olimpismo, da superação da desigualdade através do esporte, Jesse Owens nunca teve, em vida, o reconhecimento digno de seus feitos, sobretudo junto aos norte-americanos, apesar de ter batido oito recordes mundiais, em diversas modalidades.

Discriminação e falta de reconhecimento marcaram para sempre a vida do extraordinário recordista atlético dentro de se próprio país, como ele mesmo desabafava:

“Quando voltei de Berlim, continuei não podendo entrar pela porta da frente dos ônibus e continuei não podendo morar onde eu quisesse. Também não pude fazer publicidade de alcance nacional porque não seria aceito no Sul. Hitler não me cumprimentou, mas também não fui convidado para ir à Casa Branca receber os cumprimentos do presidente do meu país”, lamentou o atleta, referindo-se aos anos amargos da divisão racial nos Estados Unidos.

Naquele tempo, quem presidia a América eram Franklin Delano Roosevelt.



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