José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Além das águas, chuva de mentiras leva desgraça ao Rio Grande do Sul

Essa desgraçada onda de desinformação, que nasce da deplorável maldade humana, vem com um único objetivo: fazer o mal

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Além das chuvas que caem sobre o Rio Grande do Sul, causando mais de 100 mortes humanas, de centenas de animais, deixando várias dezenas de pessoas desaparecidas, e  prejuízos materiais que se avolumam em todas as direções, a população gaúcha está sendo invadida por uma torrencial chuva de mentiras, de Fake News, que se espalham na internet e nas redes sociais.

Desinformação 

Essa desgraçada onda de desinformação, que nasce da deplorável maldade humana, vem com um único objetivo: fazer o mal, atrapalhar as diversas esferas governamentais que estão envolvidas no atendimento às vítimas, e confundir a mente das pessoas afetadas, que se vêm bem mais atrapalhadas e desassistidas, gerando, enfim, mais infelicidade em todos aqueles que estão atingidos pela tragédia.

Desde 29 de abril, quando as chuvas começaram a chegar fortemente ao Rio Grande e os estragos e mortes tiveram início, mentiras deslavadas inundam a vida de pessoas necessitadas de atendimento. Na checagem que as agências encarregadas de verificar o que é verdade e o que é fake News, constata-se que essas mentiras criminosas são descarregadas nos aplicativos de mensagens, tendo o Whatsapp como meio mais utilizado.

Entre as notícias falsas que são disseminadas, parece claramente que existe um padrão entre eles, sugerindo que há uma poderosa fábrica por trás desses espalhadores de mentiras, uma inspiração satânica de viés político,  pois coincidem em geral em focos específicos: desinformar sobre ações dos governos, seja federal, estadual ou municipal, como se as autoridades estivessem se negando dar assistência, criando dificuldades e burocracias para quem voluntariamente quer ajudar, e até mentiras acerca de atitudes governamentais para atrapalhar o resgate de vítimas.

Crime

Essa determinação criminosa dos espalhadores de mentiras e desinformações traz muitos danos a quem está trabalhando nas diversas fases de atendimento, pois além de confundir as pessoas carentes quando são alcançadas por essas infames mensagens, leva autoridades, além dos constantes e crescentes trabalhos assistenciais, a desviarem o foco de atenção às vítimas, para a tarefa de irem às redes sociais e ficarem desmentindo as desinformações disseminadas.

Existem disseminadores costumeiros de desinformação que têm milhões de seguidores no Instagram, por exemplo, e que estão agora dedicados dia e noite à tarefa insana de mentir e desinformar, causando um dano irreparável às vítimas e um prejuízo elevado aos que estão trabalhando para prestar atendimento às pessoas atingidas.

Um desses atores  é um tal de Pablo Marçal, que é um dos mais notórios construtores de mentiras. Numa postagem que logo foi acolhida e propagada até por parlamentares, a exemplo do senador Cleitinho, do Republicanos de Minas, Marçal espalhou que a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul estava exigindo nota fiscal das doações feitas por pessoas, entidades, organizações e até de outros Estados. Logo a mensagem foi desmentida, mas o mal já estava feito, pois ninguém conseguirá apagar o que entra na cabeça de pessoas desavisadas.

Há uma lista notável de deputados e senadores que estão a serviço da mentira, da desinformação. O que parece um alívio, é saber que a Polícia Federal (também acusada por eles de atrapalhar os trabalhos de assistência), decidiu abrir procedimento investigatório para ir atrás dessa gente, de modo a poder criminalizá-los e puni-los. É preciso colocar na cadeia quem tem a capacidade de agir de forma tão desumana e danosa. Por isso, é urgente que os Ministério Público, em todas as esferas, com a incumbência constitucional de proteger os cidadãos brasileiros, sai do seu habitual comodismo e aja com rigor para fazer valer o que a Polícia Federal apurar nessa trágica chuva de mentiras.



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