José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Brasil dá provas de recuperação mais cedo do que se esperava

Até 31 de dezembro, a expectativa é de que os juros virem 2003 em 11,75%

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Dias 31 de outubro e 1º de novembro, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, fará sua penúltima reunião do ano, na expectativa de que seguirá na sua política de redução das taxas Selic de juros, uma prática adotada nas duas últimas sessões, que levou a uma queda de 1%, (0,50% cada), saindo de 13,75% para 12,75%.

Até 31 de dezembro, a expectativa é de que os juros virem 2003 em 11,75%, se for seguida essa tendência nas duas reuniões que restam no ano.

Essa decisão do BC- que ficou resistente na manutenção de 13,75% por um período de um ano-, constitui um razoável alívio para o mercado, sobretudo se olharmos para outro indicador do Banco Central, apontando previsão do mercado de redução na taxa de inflação, de 4,75% para 4,65%. Uma queda pequena, é bem verdade, porém significativa, por tratar-se da manifestação de um segmento histórica e robustamente pessimista quanto aos rumos da economia brasileira. A previsão do mesmo mercado, revelada pelo BC, é que para 2024 a taxa de inflação fique em 3,87%, também em queda, comparativamente a previsões anteriores.

INICIATIVAS DO GOVERNO LULA

Essas mudanças de expectativas do Banco Central ajustam-se a uma mudança de panorama na economia, que vem sendo percebida em diversas direções, sobretudo decorrentes de iniciativas do governo Lula, que tem dedicado esforços no sentido do aquecimento da indústria e de setores de serviços, da retomada do emprego com carteira assinada e da recuperação da renda dos trabalhadores.

Nesse sentido, o governo vem pondo em ação um conjunto significativo de obras públicas e de parcerias público/privadas, retomando milhares de obras estruturantes que haviam sido paralisadas no governo passado, sobretudo no campo da saúde e da educação, pondo em movimento os negócios na quase totalidade dos Estados da federação e recuperando as atividades produtivas de setores da construção, da indústria e serviços.

MEDIDAS SOCIAIS E ECONÔMICAS

Associados a essas obras, dois fatores estão tendo importante presença no reaquecimento no poder de compra das famílias. Primeiramente, os programas sociais de transferência de renda, sobretudo o novo formato do Bolsa Família, hoje intitulado Brasil Sem Fome, através dos quais o governo tem colocado um volume extraordinário de dinheiro nas mãos das pessoas. Outra medida de grande alcance vem do programa Desenrola, posto em prática pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda, que já renegociou dívidas no valor R$ 15,8 bilhões, alcançando mais de 2,2 milhões de contratos vencidos, que estavam com seus pagamentos em atraso e, portanto, levaram milhares e milhares de brasileiros à inadimplência, retirando-as do mercado de compras,  por estarem negativadas. Isso equivale a 1,79 milhão de pessoas que, acolhidas pelo Desenrola, gradativamente estão voltando às compras, ajudando na reativação do comércio, da indústria e de setores de serviços.

Para se ter uma ideia do significado de iniciativas como as que o governo vem tomando, somente com o reaquecimento do mercado de trabalho, com mais gente voltando ao emprego e menos gente desempregada; com a queda nos preços dos alimentos e dos combustíveis; com os valores financeiros dos programas de transferências de renda, com o salário mínimo voltando a ter aumento real, estima-se que as famílias brasileiras terão neste final de ano mais R$ 176 bilhões para gastar em consumo extra.

Tudo o que vem sendo posto, ante o aquecimento do mercado de trabalho, a inflação em baixa (principalmente de alimentos, que pesam diretamente no bolso), os juros caindo, o real se valorizando, o peso das transferências e assistência do governo, dá para constatar que a economia vem pouco a pouco sendo turbinada  e a recuperação econômica do país pode se dar, de fato, em prazo bem menor do que todos esperavam. E Alguns até torciam para que isso não desse certo. A verdade é que o Presidente Lula, além de “muita sorte”, tem revelado habilidade e inteligência para cuidar do Brasil, mantendo, como sempre, seu elevado censo de humanismo.



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