José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Brasil vê crescer suas reservas externas e cair as taxas de desemprego

Esse conhecido “colchão de segurança” alcança, assim, no primeiro ano do terceiro mandato de Lula o mais alto nível desde março de 2022.

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O Brasil teve ontem duas boas notícias no terreno da economia. A primeira delas diz respeito ao cenário mundial, com as reservas monetárias internacionais do país alcançando um aumento significativo, encerrando o ano de 2023 com um total de US$ 355 bilhões, um valor que representa 9,34% de crescimento em relação ao ano anterior, contrapondo-se de maneira folgada à queda de 13% que havia sido registrada no último ano do governo anterior.

Essa alta foi puxada pelo fluxo cambial positivo, o maior desde 2012, com entrada líquida de US$ 11,49 bilhões e pela receita obtida com juros dos títulos nos quais estão aplicadas as reservas do Brasil, em grande parte alocadas nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Esse conhecido “colchão de segurança” alcança, assim, no primeiro ano do terceiro mandato de Lula o mais alto nível desde março de 2022.

A outra boa notícia saiu de relatório do IBGE divulgado pela manhã, dando conta de que a taxa de desemprego, medida pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), fechou terceiro trimestre de 2023 em 7,4%, apresentando um recuo de 0,3% ponto percentual. Com esse resultado, a  taxa média foi de 7,8% no ano, representando um retração de 1,8% na comparação com 2022, quando esse índice fechou em 9,6%. O resultado atual, portanto, é o menor desde 2014, há nove ano, reafirmando a tendência de queda nos níveis de desocupação.

Em 2023, a população ocupada (101,0 milhões) teve novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo 1,1% no 3º trimestre (mais 1,1 milhão) e 1,6% (mais 1,6 milhão) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,6%, o mais alto desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, crescendo 0,5 p.p. no trimestre e 0,4 p.p. no ano.

As duas notícias carregam bastante alívio ao governo e imprime confiança de que o país está andando no passo certo no campo econômico. E devem deixar o Presidente especialmente feliz, pois esses dois segmentos – dívida externa e desemprego – sempre foram uma espécie de obsessão de Lula e temas recorrentes nos seus discursos e posições de campanha e de governo. É oportuno lembrar que no seu primeiro mandato, em 2006, Lula tomou uma decisão que causou impacto positivo à imagem do Brasil e deixou contrariados os seus opositores, quando anunciou a quitação antecipada da dívida do Brasil, de 15 bilhões de dólares, junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ao fazer o anúncio naquela época, o Presidente Lula declarou: " Ao devolvermos ao FMI o dinheiro que estava à disposição do Brasil por conta da crise de 2001 e 2002, estamos provando entre outras coisas, que não dependemos mais de empréstimos externos para continuar crescendo. Podemos fazê-lo com nossos próprios recursos. Isso significa independência e desenvolvimento."

Até àquela altura da história, a imagem do Brasil era a do país de “pires na mão”, com os governantes permanentemente pedindo socorro ao FMI para sair das suas encrencas financeiras e fiscais internas. Com seu gesto, Lula virava uma página da história. Ao quitar a dívida com o Fundo, o Brasil deixava de pagar 900 milhões de dólares anuais, recursos que passariam a ser injetados em projetos de desenvolvimento.

O outro tema que parece ser mesmo uma obsessão de Lula diz respeito ao emprego, algo que para ele é o melhor fruto do desenvolvimento. Daí, ele estar sempre pregando que a retomada do crescimento, como sonha agora com o novo PAC e com a nova industrialização do país, tem o enorme efeito de criar oportunidades de trabalho, retirar pessoas do desemprego, o que ele enxerga como caminhos de assegurar bem-estar e proporcionar paz social.

Numa recente entrevista, Lula disse que “emprego é coisa extraordinária para a manutenção do país harmônico. Emprego para mim é obsessão. Vamos fazer uma revolução silenciosa para gerar emprego envolvendo toda a sociedade. Para isso não prometo milagre. Apenas asseguro que o que quero é fazer política séria.”

E vai além ao descrever suas crenças:”Quando a economia começar a funcionar, o comércio começa a vender, a indústria começa a produzir, tudo começa a crescer. Com a roda gigante funcionando, tudo melhora. O Brasil vai ser feliz quando o pobre for incluído no orçamento e o rico no imposto de renda.”



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