José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Brasil volta a subir no ranking da felicidade produzido pela ONU

O relatório mundial da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, se baseia na avaliação que as pessoas fazem da própria felicidade e em dados econômicos e sociais dos países

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A divulgação, que acaba de ser feitado ranking da Felicidade, um trabalho do WHR(World Happiness Report), realizado a cada três anos, mostra que o Brasil voltou a subir depois de 9 anos. A última vez que o Brasil havia subido foi em 2015. De lá para cá, ou se manteve sem alteração ou caiu, voltando a melhorar em 2023. Agora, subiu cinco posições.

Trata-se de um relatório mundial da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, baseado na avaliação que as pessoas fazem da própria felicidade e em dados econômicos e sociais dos países focados no estudo. O documento leva em conta seis fatores significativos que incidem sobre a vida das pessoas, a saber: apoio social, renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção.

A Finlândia se manteve no topo pela sétima edição seguida do relatório como o país mais feliz do mundo. Há uma descoberta bastante interessante, digna de ser levada a sério: nenhum dos países mais populosos do mundo aparece no ranking. Entre os dez primeiros, apenas a Austrália e a Holanda têm mais de 15 milhões de habitantes e entre os 20 primeiros, apenas Reino Unido e Canadá têm mais de 20 milhões. Pela primeira vez em dez anos, Estados Unidos e Alemanha não figuram entre os 20 países mais felizes, passando a ocupar as posições 23 e 24, respectivamente.

Há outra constatação digna de reflexão. É o fato de que a proximidade com a natureza e o bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação, conforme revelam os felizes habitantes da Finlândia. Os estudiosos do relatório refletem que os finlandeses têm uma compreensão mais verdadeira e adequada do que seja uma vida bem-sucedida. 

Comparando-se com os habitantes dos Estados Unidos, por exemplo, onde o sucesso está estritamente relacionado com os ganhos financeiros, os finlandeses dão ao mundo uma grande lição.

Nações que estão em guerra ou conflitos internos acentuados tiveram quedas muito fortes no índice de Felicidade. A Ucrânia, por exemplo, caiu sete posições em relação a 2022. O Equador, que vive uma fase de conflitos internos acentuados desde o ano passado, perdeu 16 posições.

Na esperançosa conclusão de que o sentimento de Felicidade revelado pelos povos mundiais está ligado diretamente à natureza, a condições de vida saudáveis e em colaboração uns com os outros, evitando-se a degradação do ambiente e mantendo-se em clima de paz, o Brasil pode dar um passo importante nas recomendações reiteradamente emitidas pela ONU. Dar ouvido aos povos indígenas, não apenas assegurando-lhes as condições de preservação, mas sobretudo de colher e acolher suas experiências históricas diante da natureza.

É nesse sentido que entidades nacionais de pesquisa, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Caps) fazem um importante debate, durante esta semana, no sentido de ver ampliado o acesso a pesquisadores indígenas, permitindo-lhes participar de editais públicos de pesquisa científica.

O debate, que se realiza em Brasília, envolve lideranças indígenas de Brasil, Chile, Bolívia e Equador, com destaque para o papel dos povos originários na proteção dos biomas, tendo a participação ativa e significativa do cacique Raoni, um dos principais líderes das populações indígenas no Brasil e no mundo.

Abre-se, assim, um sinal de esperança de que as lideranças políticas e os comandos econômicos despertem para a necessidade urgente de uma nova forma de governança entre nações, não apenas capaz de mudar práticas e conceitos de que só o dinheiro resolve, mas de barrar a estúpida concentração de riqueza nas mãos de poucos, e de adotar políticas  que permitam a redução das desigualdades, permitindo o encontro real de felicidade para os povos.



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