José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Governantes mundiais se unem pela primeira vez para o combate à fome

Pela primeira vez na história da humanidade governantes de várias nações do mundo vão unir esforços para o combate à fome

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Pela primeira vez na história da humanidade governantes de várias nações do mundo, dentre elas todas as maiores economias do planeta, estão se reunindo, de forma orgânica e um mínimo de boa vontade, para cumprir uma tarefa gigantesca, inquietante, sobre um tema que deveria envergonhar a humanidade. Refiro-me ao esforço integrado de governança internacional para o combate à fome e à miséria, um mal crescente no dia-a-dia das pessoas, que atinge mais de 735 milhões de seres humanos, cerca de 10% da população mundial.

A situação se agrava de tal modo, que a própria FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), que traça os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável -ODS, já reconhece em relatórios que a meta de vencer essa condição trágica até o ano de 2030 não será mais alcançada. Isso significa que a obrigação que os países assumiram perante o organismo internacional foi negligenciado, não sendo levado a sério.

Ao contrário da redução prevista nos Objetivos, no compromisso de “fome zero”, ao invés de diminuir, vez foi aumentar. Em 2023, comparativamente a 2019- isso naturalmente influenciado pelo advento do Covid-19-, foram acrescidos mais 120 milhões de pessoas submetidas à fome.

A insegurança alimentar, aquela em que falta algum tipo de suprimento diário aos humanos, já alcança 2,5 bilhões de pessoas, praticamente um terço dos habitantes da terra. No Brasil, o número de famintos anda pelos 10 milhões, mas já chegou a 33 milhões ao final de 2022, significando que o atual governo tem levado a sério o combate a essa desgraça.

Ao assumir a presidência do G20, o grupo que concentra as maiores economias do mundo, o Brasil, sob a liderança e vontade do Presidente Lula, colocou nos seus objetivos primordiais de gestão o esforço e o compromisso de trabalhar pelo fim da fome e da miséria. Assim, em todos os encontros que as lideranças desse importante grupo de dirigentes mundiais têm realizado, o tema é potencializado com notável  prioridade.

Como o Brasil vai ser a sede do mais importante encontro anual do G20, no mês de novembro, no Rio de Janeiro, foi criada uma Força-Tarefa para instituir a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que fará, em Teresina, Piauí, a seu segundo grande encontro preparatório, entre os dias 22 e 24 de maio, colocando na mesa de debates mais de 150 representantes de países e organismos internacionais, de 52 delegações diferentes.

Esse encontro de Teresina ganha significativa importância porque será no seu curso que representantes dos governos mundiais vão definir os instrumentos fundadores da Aliança que será firmada num  acordo durante o evento de novembro no Rio. 

A Aliança, além da ação direta dos governos nacionais com seus programas específicos próprios, busca encontrar os meios mais eficientes de estabelecer ampla e permanente integração mundial, troca de experiências e cooperação, como, igualmente, quer criar um ambiente de parcerias e financiamentos junto ao empresariado.

A meta da Aliança, entre os instrumentos que constarão do acordo do Rio, será formar uma cesta com políticas públicas de combate à fome e à miséria que já venham alcançando êxito em vários países, que possam servir de espelho para aqueles que entrarão nesse ousado e necessário programa. No caso do Brasil, a experiência que o Ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, vem apresentando nas suas diversas manifestações, já é um programa vitorioso, cujos resultados são impactantes.

Essa Aliança Global que está sendo construída, e que representa uma determinação política e governamental inédita no planeta, serve não apenas para chamar a atenção para a vergonha da fome, mas, com a mesma intensidade, despertar cada cidadão do mundo para a trágica realidade de que apenas 10% dos mais ricos do mundo abocanham 76% de toda a fortuna do planeta, enquanto os 50% dos mais pobres ficam com míseros 2% dessas riquezas.



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