José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Piauí lidera captação de recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste

Sudene recebeu 78 pedidos de financiamento, dos quais 45 já obtiveram autorização prévia da diretoria colegiada da Sudene

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A busca por recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste durante o ano de 2023 cresceu de maneira considerável, revelando dois aspectos bastante importantes: primeiramente, o interesse de empresas por segmentos expressivos da economia nordestina, especialmente energias renováveis e negócios relacionados ao turismo, e, depois, a ação de revitalização da própria Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, algo que se tornou viável a partir da posse do Presidente Lula. 

No ano passado, a Sudene recebeu 78 pedidos de financiamento, dos quais 45 já obtiveram autorização prévia da diretoria colegiada da Sudene, somando R$ 4,8 bilhões. Com exceção de apenas um empreendimento voltado para o setor hoteleiro, todos os demais obtiveram créditos para aplicação no setor das energias renováveis, especialmente para as fontes solar e eólica. O total dos recursos nos 78 projetos apresentados soma R$ 7,8 bilhões. 

O que chama a atenção de maneira notável, embora não surpreendente, é a vitalidade que o Estado do Piauí ostenta na apresentação de projetos e na capacidade de captação de recursos. Entre os 78 projetos que recorreram aos recursos da Sudene, 20 foram apresentados por empresas interessadas em se instalar em território piauiense, à frente da Bahia, que apresentou 17, o Ceará apresentou 12, o Rio Grande do Norte 12, Minas Gerais 7, Pernambuco 5, Paraíba 3 e Maranhão 2. Alagoas e Sergipe não têm nenhum projeto apresentado. Minas Gerais, embora fazendo parte da região Sudeste, integra o chamado polígono das secas, da Sudene, daí o direito de obter recursos do Fundo.

O Piauí tem sido destaque na produção de energias renováveis, concentrando os maiores parques brasileiros de geração nas fontes solar e eólica, a par de um vigoroso interesse dos empreendedores pelas condições naturais do seu território e do esforço incomum que o governador Rafael Fonteles tem empreendido junto aos empreendedores e governos internacionais para posicionar Estado de maneira privilegiada. Daí, há previsões de que algo em torno de R$ 60 bilhões serão aplicados na produção do hidrogênio verde, a próxima etapa dessas inciativas governo/empresas.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, ao comentar o volume de demandas direcionadas à Superintendência, destacou que as solicitações de crédito ultrapassaram o volume de crédito do FDNE para 2023, que foi de R$ 1,3 bilhão. Isso mostra, segundo ele, que a Sudene é uma alternativa confiável e estratégica para obtenção de crédito pelos empreendedores. Este cenário, inclusive, já foi apresentado como justificativa para balizar o recente pedido de capitalização deste fundo regional. Um pleito, aliás, que deverá ser atendido pelo governo federal. Basta lembrar que em 13 de dezembro passado o Presidente Lula sancionou a prorrogação de incentivos fiscais da Sudene, agora valendo até 31 de dezembro de 2028. 

Ao justificar sua decisão, no momento da prorrogação dos incentivos, Lula afirmou que aquele ato tratava de uma questão fundamental para região Nordeste, que ainda tem graves desigualdades, onde não há equidade de oportunidades quando se compara às regiões mais desenvolvidas do país, como Sul e Sudeste. 

Uma das vantagens do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste é a estrutura do seu financiamento. O FDNE oferece prazos que se iniciam em 12 anos e pode chegar a 20 anos no caso de projetos de infraestrutura. Os empreendedores têm à disposição uma taxa de carência de um ano após a data prevista de início das operações do empreendimento. Além disso, a taxa média de juros, uma das menores do mercado, registrou, em 2023, índices de 8% ao ano, dependendo do porte e da localização do empreendimento solicitante.



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