Dias explica racha em carta de governadores: “Defendemos mais pobres”

Por Sávia Barreto

O governador Wellington Dias (PT) minimizou nesta sexta-feira, 07, o vai e vém de cartas dos governadores brasileiros no texto em que defendem a manutenção dos Estados na reforma da Previdência. Wellington e outros governadores negaram que tivessem assinado uma outra carta divulgada mais cedo pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também coordenador nacional do Fórum de Governadores, em que se fazia um apelo ao Congresso para que Estados e municípios fossem mantidos no texto final da reforma da Previdência, em tramitação na Câmara.

No texto final, os governadores se mostram contrários a pontos vitais da proposta, como a desconstitucionalização das regras de aposentadoria e o sistema de capitalização. Houve pelo menos três versões da carta. A última, que ressalta as divergências em relação às alterações previstas para o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e para os aposentados rurais, é a defendida por Wellington Dias.

“Temos a unidade; todos os 27 estados, querem uma regra única para todos os sistemas. Temos 200 bilhões de reais que era para estar no investimento e hoje está cobrindo o déficit para não atrasar folha de aposentado e pensionista. A divergência, e aí há, é retirar a carga dos mais pobres, que nós do Nordeste defendemos tirar BPC, rurais. Entendemos que os principais eixos devem estar na Constituição e com o regime de partilha e não de capitalização. Essa é uma posição clara e não é só do Nordeste, pelo menos 14 estados defendem também”, argumentou Dias ao blog Primeira Mão.