Eleição de Flora no TCE fortalece WDias e Themístocles; saiba consequências

Isso porque querendo ou não, a escolha do substituto do conselheiro aposentado Luciano Nunes terminou se “estadualizando”, ou seja, ganhando contornos maiores do que os de uma disputa interna

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Por Sávia Barreto

Há dois vencedores com a eleição de Flora Izabel para a vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Estado: o governador Wellington Dias e o presidente da Assembleia, deputado Themistocles Sampaio. Isso porque querendo ou não, a escolha do substituto do conselheiro aposentado Luciano Nunes terminou se “estadualizando”, ou seja, ganhando contornos maiores do que os de uma disputa interna entre deputados. Estava em jogo também a imagem de quem entraria com o carimbo de “vencedor” ou “perdedor” para o pleito de 2022; Wellington ou Ciro Nogueira, Themístocles ou Marcelo Castro (que articulava em prol de Zé Santana).

Fortes

Caso Flora perdesse, Themístocles também se enfraqueceria, já que ele apoiou a deputada e se consolida como candidato a vice de Rafael Fonteles. Como Flora venceu por 17 votos a 12 contra Wilson Brandão, tanto Wellington como Themistocles - e também Rafael Fonteles e Regina Sousa, que tiveram papéis cruciais nas conversas - conseguiram controlar a rebelião na base e evitar maiores cisões. Mágoas do processo ficaram, isso é natural, mas podem ser administradas. 

Lições

Há alguns sinais que ficam para serem decodificados da eleição. O primeiro deles é que o desgaste interno do PT com os aliados foi expresso com a demora nas desistências das candidaturas de Santana e Flávio Jr.  Para aliados, Wellington também poderia ter agido com mais velocidade e informado desde o início aos aliados sobre a prioridade na eleição de Flora, evitando as quatro candidaturas de nomes da base.

Hoje não

Pelo menos por enquanto, o Governo não deve fazer uma mini-reforma administrativa para realocar aos aliados as pastas dos dois nomes que teriam “traído” o Governo. Esperava-se que Flora tivesse mais dois votos além dos que foram contabilizados. Ou seja, dois nomes da base incluídos nos acordos preferiram votar em Brandão ou se abster. Resumindo: teve "traição". A pergunta é: terá punição? Se sim, agora ou depois?

Mágoa

Já a chateação de Wilson Brandão, que foi duro em suas palavras após o resultado ("Vejo o resultado com muita tranquilidade, muita serenidade, e só lamento muito que a Assembleia Legislativa escreve em seus anais uma página triste da sua história, quando a democracia perde a luta para a pressão e para a opressão”, disse Brandão) pode ser equacionada com a velha receita: tempo, diálogo e compensações. Mas não se descarta que o deputado, chateado com o que ele avalia como interferência do Karnak, fique do lado de Ciro e deixe a base. A aguardar.



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