Por Arimatéa Carvalho
Dezesseis governadores brasileiros assinaram e divulgaram carta na tarde de segunda-feira (29) repudiando "agentes públicos que espalham mentiras sobre dinheiro repassado aos estados, fomentam tentativas de cassação de mandatos, tentam manipular policiais contra a ordem democrática, entre outros absurdos".
A disseminação de fake news, argumentam os gestores na carta, prejudica o combate à pandemia e cria instabilidade institucional.
Os governadores Wellington Dias (PT) e Flávio Dino (PCdoB) assinam o documento, que também conta com o governador João Dória (PSDB), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (DEM), este último outrora aliado do presidente Jair Bolsonaro.
Os gestores conclamam que o próprio presidente da República, assim como os presidentes da Câmara e do Senado, além do STF, "adotem todas as providências de modo a coibir tais atos ilegais e imorais".
Eles denunciam que "estimular motins policiais, divulgar fake news, agredir governadores e adversários políticos, são procedimentos repugnantes". Os governadores pedem paz para salvar vidas. Por fim, agradecem o empenho de servidores públicos e profissionais da saúde no atual momento de crise sanitária.
RESPOSTA A BOLSONARO
A carta dos governadores é uma resposta a ataques do próprio presidente, que afirmou publicamente que a população pode se voltar contra os governos estaduais, também chamou a atuação dos gestores de ditadura (por conta das restrições de circulação) e ainda fez uma previsão enigmática que virá "o caos". Para completar, está retirando militares moderados dos ministérios e acendendo a luz amarela no país.
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