Samuel Silveira mira Câmara e questão pode ser judicializada

Por Arimatéa Carvalho

Por que o vereador Samuel Silveira (PSDB) anunciou sua desincompatibilização da Semcaspi para disputar a Prefeitura de Teresina? Ele havia desistido de disputar a reeleição à Câmara para permanecer no combate ao novo Coronavírus em Teresina e ganhar protagonismo. Foi uma aposta alta e ousada. E ele perdeu.

À frente da Semcaspi, Samuel tinha tudo para ser o grande protagonista da Prefeitura no combate à Covid. Isso o tornaria um nome imbatível no cenário da situação. No entanto, o prefeito Firmino Filho não deixou espaço para mais ninguém da PMT no comando do combate à crise. Para piorar, Samuel distribuiu menos de 10 mil cestas básicas pela Semcaspi, enquanto o secretário municipal de Educação, Kléber Montezuma, entregou mais de 60 mil cestas.

A coisa conseguiu ficar mais complicada: como a Guarda Municipal é sobordinada à Semcaspi, o vereador-secretário assumiu o lado mais impopular das ações: fechar o comércio.  E o comando da Guarda, que era uma indicação dele, foi trocado pelo prefeito. O coronel John Feitosa é escolha do próprio Firmino.

Samuel provavelmente sabe que não será o candidato a prefeito de Teresina. Mas pode disputar, sim, vaga de vereador novamente. Como? O Congresso deve transferir a data da eleição para 6 de dezembro e saindo dia 3 de junho ele vai argumentar na Justiça Eleitoral que saiu antes de 6 meses do pleito, ou seja, estaria apto a concorrer à Câmara. Se o Congresso não definir tal possibilidade, a questão é judicializada.

Sobre o candidato de Firmino, quem o conhece de perto sabe que ele quer um nome de sua absoluta confiança. Como tanto Kléber Montezuma quanto Washington Bonfim se enquadram nessa categoria, será uma pesquisa que vai definir o nome. Firmino é frio o bastante para optar pelo candidato mais viável dos dois, ainda que não seja o do fundo do seu coração.