Coronel é acusado de fraudar prova de concurso para favorecer soldado

Segundo o comandante, uma confissão escrita do coronel Costa consta no inquérito

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O diretor de ensino do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel José Mauro da Costa, foi afastado do cargo pelo comando da corporação acusado de adulterar uma prova do concurso de cabos para favorecer um soldado. O caso aconteceu em março deste ano e foi mantido em sigilo pela PM até ser divulgado neste domingo (4), pela rede de TV RBS.

O comandante dos bombeiros, coronel Marcos de Oliveira, confirmou que o coronel Costa foi afastado do cargo em abril, depois da abertura de um inquérito policial militar para apuração da fraude. "Ele admitiu que fez "meleca", mas nós não podemos aceitar isto, temos que ter a maior lisura", afirmou Oliveira.

Segundo o comandante, uma confissão escrita do coronel Costa consta no inquérito. Ele afirmou que a fraude foi uma tentativa de ajudar um soldado, supostamente autor de um ato de bravura em serviço, que estaria desmotivado por não ser promovido. O coronel Costa está em viagem ao exterior e não pôde ser localizado.

A fraude ocorreu no concurso de 28 de fevereiro e envolveu 516 soldados da corporação. Segundo a PM, o soldado não foi favorecido porque tudo foi descoberto antes. O concurso foi validado, e os demais vencedores, promovidos.

Uma comissão de seis oficiais analisou os resultados da prova e constatou a manipulação na conferência do gabarito da prova. O soldado teria acertado 49 das 50 questões, mas o formulário dele não era igual aos outros, revelando uma fraude grosseira.

Gabarito alterado

A investigação não determinou o momento exato da fraude. A tese dos investigadores é que o coronel Costa, valendo-se da condição de diretor do concurso, alterou o gabarito depois que a prova terminou, antes de encaminhá-lo à comissão de apuração.

A comissão comunicou a fraude ao próprio Costa, já que ele era o diretor de ensino. Segundo o comandante dos bombeiros, Costa assumiu a manipulação e tentou ter o caso julgado apenas na instância administrativa, em busca de abafar sua repercussão.

O promotor Sidney Dalabrida encaminhou o IPM à Justiça Militar e quer a expulsão dele da corporação. Ele afirmou que o inquérito provou que "o coronel Costa se valeu das prerrogativas do cargo para fraudar um concurso público para ajudar uma pessoa que era sua conhecida".



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