FMI vê expansão de 4,5% do Brasil este ano; inflação preocupa

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira sua previsão de expansão

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira sua previsão de expansão econômica de 4,5% este ano para o Brasil. Em 2012, segundo o relatório Perspectiva Econômica Mundial, o crescimento brasileiro deve ser de 4,1%. Pressões de alta sobre os preços na maior parte da América Latina colocam um desafio para o robusto crescimento econômico da região, embora o México pareça estar a salvo da ameaça inflacionária por ora, disse o FMI.

O FMI manteve a previsão para o crescimento mundial de 2011 e 2012 em 4,4% e 4,5%, respectivamente, dizendo que a recuperação está se fortalecendo apesar do aumento dos riscos negativos. O crescimento mais rápido ainda vem de economias emergentes, segundo o FMI. A China deve liderar com uma expansão de 9,6% neste ano, seguida pela Índia, que deve crescer 8,2%. Por outro lado, os EUA devem crescer somente 2,8% neste ano e 2,9% em 2012.

O FMI revisou para cima a perspectiva de crescimento da zona do euro, para 1,6% em 2011 e 1,8% em 2012. Nas economias avançadas, o fortalecimento da recuperação exigirá manter a política monetária expansionista enquanto houver pressões salariais baixas, expectativas de inflação controladas e concessão de crédito lenta. Nos países emergentes, disse o FMI, será um erro que os formuladores de políticas adiem medidas adicionais de aperto até que as nações ricas elevem os juros.

"A tarefa que os formuladores de políticas enfrentam é convencer os eleitores nacionais de que essas respostas de política são para o bem, não importando as ações que outros estão adotando", acrescentou o FMI.

Cenário

A disparada dos preços do petróleo e a inflação em economias emergentes, que foram uma fonte bem-vinda de estabilidade durante a crise financeira, impõem riscos à economia mundial, disse o fundo. A última avaliação do credor mundial sobre as perspectivas econômicas mundiais marca uma diferença em relação aos anos anteriores, quando o foco estava no perigo potencial da crise financeira e da recessão nos países avançados.

Agora, o FMI alerta que as economias emergentes correm o risco de bolhas de ativos semelhantes àquelas que surgiram em países desenvolvidos e geraram a crise financeira de 2007 a 2009. "O desafio para muitos emergentes e algumas economias em desenvolvimento é garantir que as condições presentes de expansão não se transformem em superaquecimento ao longo do próximo ano", disse o FMI no relatório Perspectiva Econômica Mundial.

O FMI destacou o impacto negativo que a alta dos preços de alimentos e commodities tem sobre países mais pobres. Os custos crescentes de recursos básicos geraram tensões sociais e econômicas que agitaram o mundo árabe. Protestos de rua derrubaram ditaduras no Egito e na Tunísia, deixando os líderes do Iêmen e da Líbia lutando para manter-se no poder.

O FMI disse que as pressões inflacionárias devem aumentar nos países em desenvolvimento, com as pessoas exigindo salários maiores diante de alimentos e combustíveis mais caros. Surpreendentemente, o FMI viu pouco impacto duradouro do desastre triplo - terremoto, tsunami e crise nuclear - que atingiu o Japão no mês passado. O Fundo revisou apenas ligeiramente para baixo a previsão crescimento para a terceira maior economia do mundo em 2011, e elevou a estimativa para 2012.

Falando sobre as economias avançadas como um todo, o FMI disse que continua uma recuperação lenta e que os riscos de uma "recaída na recessão" diminuíram. Porém, o FMI disse que o desemprego está insistentemente alto e que não há medidas suficientes para reduzir os déficits orçamentários nos Estados Unidos e em outros países.



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