O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou hoje que o G7 concordou em doar pelo menos 1 bilhão de doses de vacinas contra covid-19 até 2022 para os países mais pobres. A decisão foi tomada após reunião da cúpula dos sete países mais ricos do mundo na Inglaterra.
A decisão já era esperada desde sexta-feira (11), quando Boris Johnson estipulou a meta antes do início das conversas. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia antecipado que o país iria colaborar com uma doação de 500 milhões de doses da Pfizer, enquanto Johnson adiantou que o Reino Unido contribuiria com pelo menos 100 milhões de vacinas.
Não foram informados ainda detalhes sobre a cota de cada país na doação e quais serão as vacinas disponibilizadas. O número total pode ser superior a 1 bilhão, conforme indicou Boris Johnson em sua fala. "É mais um grande passo para vacinar o mundo", disse Johnson.
Alguns grupos criticam o plano, classificando-o como uma gota em um oceano, e a Oxfam (organização que atua contra a pobreza global) estima que quase 4 bilhões de pessoas irão depender do consórcio Covax para ter acesso às vacinas. O programa distribui doses de vacinas contra a covid-19 para países de média e baixa renda.
Embora os cientistas tenham trazido a vacina ao mercado em velocidade recorde - o Reino Unido já aplicou a primeira dose em 77% de sua população adulta e os Estados Unidos em 64% -, eles dizem que a pandemia só irá acabar uma vez que todos os países estejam vacinados.
Com a população global chegando aos 8 bilhões, e como a maioria das pessoas precisa de duas doses, se é que as doses de reforço não serão necessárias para combater também as variantes, grupos dizem que o comprometimento marca um começo, mas afirmam que os líderes mundiais precisam ir além, e de maneira muito mais veloz.
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