Com a Alemanha a chegar a um registo diário de perto de 600 mortos, a chanceler Angela Merkel pediu esta quarta-feira mais esforços para achatar a curva da pandemia.
Passada a primeira vaga, a Alemanha impôs medidas menos restritivas do que muitos outros países europeus, mas a maior economia europeia tem sido fortemente atingida pela segunda vaga, com as novas infeções diárias a serem três vezes mais elevadas do que no pico da primavera. Nesta quarta-feira, a Alemanha registou 590 mortos devido à covid-19.
Um número que levou Merkel a admitir que as medidas acordadas há duas semanas com os líderes das 16 regiões do país - que mantinham o comércio aberto mas proibiam os jantares em espaços fechados - já não chegam.
"Quando estão a montar bancas para vender vinho quente ou waffles, isso não é compatível com o que ficou acordado e que previa apenas take-away para a venda de alimentos e bebidas", disse Merkel num discurso no Parlamento em que não escondeu a emoção.
"Tenho muita pena... mas se estamos a pagar o preço diário de 590 mortes, isso não é aceitável", afirmou. Por isso mesmo, a chanceler explicou que o país vai seguir as recomendações dos cientistas para encerrar o comércio e limitar as reuniões públicas.
Os cientistas defendem que todos os comércios não essenciais encerrem entre a véspera de Natal e 10 de janeiro. O teletrabalho deve ser favorecido e as escolas devem manter-se fechadas se possível.
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