Sem sedativo, pacientes ficam amarrados e pedindo para não morrer

O Rio de Janeiro tem o maior volume de pacientes intubados por causa da Covid-19 desde o início da pandemia

Paciente sendo entubado no Rio de Janeiro | Divulgação
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O Rio de Janeiro tem o maior volume de pacientes intubados por causa da Covid-19 desde o início da pandemia, e funcionários denunciam que a falta de sedativos para o tratamento já começa a provocar óbitos. 

Uma enfermeira do Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, afirmou que pacientes com diagnóstico mais grave da doença estão intubados, acordados e amarrados aos leitos por causa da ausência de medicamentos. Na unidade, há 78 pacientes internados com Covid. Outros 40 estão na emergência.

“Na sala vermelha, os pacientes estão intubados e amarrados, estão vivenciando tudo acordado e sem sedativo, pois não tem nenhum sedativo, acabou tudo. Só para o CTI e mesmo assim estão sendo rediluídos e mesmo assim não dá para todos os pacientes. Eles ficam tudo acordado, sem sedativos, intubados, amarrados e pedindo para não morrer''. disse a enfermeira.

Segundo médicos intensivistas, a contenção mecânica pode ser usada, mas o doente precisa ser medicado pelo menos com uma sedação leve.

“A contenção mecânica usada sem sedativo é realmente uma forma de tortura porque o paciente está ali incomodado e está se vendo numa situação em que ele não pode nem mesmo chamar ajuda pela equipe multiprofissional”, explica o médico intensivista Áureo do Carmo Filho.

Os profissionais estõ usando remédios mais antigos e com mais efeitos colaterais. É o que acontece no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, também Zona Oeste, onde 67 pacientes estão internados com Covid.

“E assim não seda como o Dormonid os pacientes fazendo 15, 20 ml hora de dripping de Diazepam não funciona direito, só deixam eles um pouquinho sedados, mas não apaga da forma que precisa”, acrescentou.

Paciente sendo entubado em hospital do Rio de Janeiro 





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