Após ataque na web, Bouman exibe time que fez foto de buraco negro

Foco do público no trabalho dela foi respondido com onda de críticas machistas.

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Alçada à fama mundial horas depois da divulgação da primeira foto já registrada de um buraco negro, a engenheira e cientista da computação Katie Bouman, uma das cientistas envolvidas no projeto, se tornou um dos nomes mais frequentemente vinculados ao projeto, e uma das consequências foi uma série de críticas e ataques machistas nas redes sociais.

A repercussão de que uma mulher de 29 anos fazia parte do acontecimento histórico chamou a atenção de pessoas do mundo inteiro, que logo exaltaram seu feito e, em muitos casos, repercutiram duas informações incorretas sobre o projeto: a de que apenas um algoritmo foi responsável por montar a imagem, preenchendo os espaços vazios dos sinais enviados pelos oito radiotelescópios, e a de que Bouman teria sido a única cientista a programar esse algoritmo.

A comparação entre a foto em que a cientista de computação mostra a quantidade de HDs necessária para armazenar os dados da imagem e a histórica foto de Margaret Hamilton, outra cientista de computação que trabalhou no projeto da Nasa que levou o homem à Lua, foi republicada pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT, na sigla em inglês), onde as duas estudaram, e teve quase 150 mil curtidas em apenas três dias.

Crédito: Divulgação

A confusão gerou, inclusive, uma série de ataques machistas contra a jovem, o que fez com que a própria pesquisadora, além de seus colegas e o próprio MIT, divulgassem comunicados explicando que o projeto envolveu mais de 200 pesquisadores e que, além disso, foram usados diversos algoritmos, não só o que foi desenvolvido por um time liderado por Bouman.

Em uma foto publicada no seu Facebook após a divulgação oficial do projeto Event Horizon Telescope (EHT), ela explicou que a imagem "é uma combinação de imagens produzidas por diferentes métodos". 

"Não foi só um algoritmo ou pessoa que criou essa imagem, ela exigiu o talento incrível de um time de cientistas de todo o globo e anos de trabalho árduo para desenvolver o instrumento, o processamento de dados, os métodos de imagem, e as técnicas de análise que foram necessárias para conseguir esse feito aparentemente impossível." - Katie Bouman.

"Foi realmente uma honra, e tenho muita sorte de ter tido a oportunidade de trabalhar com todos vocês", acrescentou ela.

Crédito: Reprodução/Facebook



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