Cardiologista alerta: quanto mais cedo o jovem começa a fumar, mais difícil será para abandonar o vício

É certo que muitas pessoas que têm esse vício não conseguem deixá-lo tão facilmente quanto outras. Algumas precisam de apoio psicológico, outras não

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Jovens fumantes | Dayne Dantas
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Amanhã (29) é o Dia Nacional de Combate ao Fumo e, apesar de existirem inúmeras iniciativas e pesquisas que mostram o quanto o cigarro faz mal, ainda é possível encontrar números que crescem com o decorrer dos anos. O que demonstra a necessidade de mais conscientização dos próprios usuários e até mesmo de quem não fuma. É certo que muitas pessoas que têm esse vício não conseguem deixá-lo tão facilmente quanto outras. Algumas precisam de apoio psicológico, outras não.

Mas o importante é dar o primeiro passo, ou seja, assumir que o vício causa danos e que é necessário parar. De acordo com o cardiologista Victor Lira, o fumante é o maior prejudicado por seu hábito. Ele ainda faz um alerta.

“Em média, ele [usuário] vive dez anos a menos que um não-fumante. As substâncias introduzidas no organismo pelo cigarro causam danos imediatos e acumulados, prejudicando a saúde global do indivíduo e elevando os riscos de desenvolvimento de diversas doenças”.

Murilo Ribeiro, 22 anos, por exemplo, fuma há sete anos, ou seja, desde os 15. Ele começou escondido dos pais, já procurou ajuda médica e, apesar das consequências, continua.

“Comecei sem influência de ninguém, apenas por curiosidade e vontade própria. Já tentei parar diversas vezes e em uma delas até procurei ajuda médica porque percebi que estava gastando muito dinheiro com o vício.

Como consequências, minha respiração está curta, não consigo correr ou fazer exercícios físicos como antigamente”, comenta. Marcela Dias, 18 anos, também é fumante e assim como Murilo iniciou o vício ainda na adolescência.

“Eu tinha uns 14 anos e comecei acompanhando alguns amigos e aí não parei mais. Nunca tentei parar, mas já diminui muito o vício, fumo menos hoje, só que já tive pneumonia e minha voz está mais rouca”, revela.

O cardiologista Victor Lira afirma quais os principais prejuízos que o fumo pode trazer, especificamente para os adolescentes e jovens. “Quanto mais cedo se dá o início do tabagismo, maior a chance de o indivíduo tornar-se um usuário regular e apresentar problemas decorrentes desse uso na infância e adolescência, com o cérebro ainda imaturo, maior é a probabilidade de ocorrerem atrasos no desenvolvimento e prejuízos cognitivos, com suas respectivas repercussões. E quanto mais tempo exposto aos tóxicos do cigarro maiores serão as consequências”.

De forma geral, segundo o cardiologista, fumar aumenta a deposição de gordura na parede dos vasos, pressão arterial, acidez do estômago, irritação de olhos, garganta e vias aéreas, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

Além disso, doenças cerebrovasculares (trombose de vasos, infarto cardíaco e acidente vascular cerebral), câncer (de boca, faringe, laringe, traqueia, pulmão, esôfago, estômago, rins, bexiga e colo de útero, entre outros), doenças respiratórias (pneumonia, bronquite crônica, enfisema, rouquidão, crise de asma e infecções das vias respiratórias), osteoporose, infertilidade, dentre outras.

E Victor ainda faz um alerta sobre a imagem que a mídia passa a respeito do uso do cigarro. “A revista The Economist comenta: ‘Os cigarros estão entre os produtos de consumo mais lucrativos do mundo. São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes o matam’. Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, mas enormes prejuízos para os clientes”, conclui.

Tabagismo mata 23 por hora

Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, o tabagismo está associado a mais de 200 mil mortes por ano, o equivalente a 23 pessoas por hora. Embora o cigarro tenha sido bastante combatido nos últimos anos, ele ainda está entre as principais causas de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs). Essas doenças passaram a liderar o ranking mundial de mortes desde o início do século XXI, quando superou a mortalidade das doenças infectocontagiosas.

Fumar aumenta...

+ o risco de doenças cardiovasculares

+ pressão arterial

+ acidez no estômago

+ irritação nos olhos garganta e Vias aéreas

+ deposição de gordura na parede dos vasos

Causa de morte evitável

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam.

Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.

O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos) (WHO, 2003).

Fonte INCA

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