Doença celíaca ou sensibilidade ao glúten?

Difícil de diagnosticar, sensibilidade não celíaca ao glúten pode estar presente na vida de até 6% dos brasileiros

O diagnóstico normalmente é feito por eliminação | Istock
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Segundo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, de 0,5 a 6% da população sofre de sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC), condição mais comumente observada entre jovens adultos e pessoas de meia-idade. A prevalência específica na população mundial ainda é desconhecida, mas sabe-se que muitos vivem com o distúrbio sem procurar ajuda médica ou receber um diagnóstico. Isso porque, diferente da doença celíaca e da alergia ao trigo, a SGNC pode não causar reações graves no organismo, embora traga alguns desconfortos e interfira na qualidade de vida do paciente.

Sintomas como diarreia intercalada com episódios de prisão de ventre, inchaço e dores abdominais são os mais comuns, mas também podem ocorrer náuseas, dores de cabeça e até mesmo fadiga. Por isso, se esses sinais ocorrerem com frequência, vale buscar ajuda especializada. "Encontrado no trigo e em outros grãos, como cevada e centeio, o glúten é responsável por dar liga a preparações. No entanto, suas proteínas são de difícil digestão e podem causar reações adversas em algumas pessoas, com sintomas que aparecem logo após a ingestão de glúten e desaparecem com sua retirada da dieta", explica a nutricionista ortomolecular Claudia Luz.

Istock

O diagnóstico normalmente é feito por eliminação, já que alguns sintomas da SGNC podem ser confundidos com os da doença celíaca e da alergia ao trigo. "Diferente dessas duas condições, a sensibilidade ao glúten não causa reações imunológicas, por isso, o paciente pode contar com a ajuda de enzimas digestivas, readequando a dieta e estabelecendo níveis seguros de glúten na alimentação", afirma Claudia. Dessa forma, é possível viver livre de desconfortos, mas sem ter que excluir algumas delícias da dieta, como pães, bolos, pizzas, tortas, entre outros. Com equilíbrio e o auxílio de um médico e nutricionista, dá para conviver bem com a SGNC, melhorando a saúde do intestino e, consequentemente, a saúde do corpo como um todo.

Enzimas e readequação alimentar

Com a ajuda de enzimas digestivas, pacientes com SGNC podem consumir certa quantia de glúten, mas sempre respeitando os limites tolerados pelo organismo. Junto do médico e do nutricionista, o paciente consegue fazer testes e descobrir qual é o seu nível de tolerância, o que permite diminuir ou até mesmo acabar com os desconfortos ligados ao glúten. "É importante reforçar que as enzimas não substituem uma dieta especial e que elas não são indicadas para casos de doença celíaca ou alergia ao trigo", alerta a nutricionista.

As opções mais indicadas são aquelas que contam com uma combinação de enzimas, que agem em conjunto para promover uma digestão mais completa do glúten. "Em farmácias de manipulação, por exemplo, é possível encontrar fórmulas que combinam protease, aspergilopepsina, peptidase DPP IV e triglicerídeos de cadeia média. Diferente das enzimas isoladas, esse blend promove a degradação de proteínas competitivas, como as do ovo, soja e leite, atuando em ampla faixa de pH e trazendo mais eficácia", finaliza Claudia.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES