Especialistas dizem se existe problema se a criança sentar em 'W'

Certamente você já deve ter ouvido por aí que criança não pode sentar com as pernas na posição “w”.

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As crianças adoram sentar com os joelhos posicionados para frente e os pés para trás. Você pode até pedir para que endireitem as pernas, mas vira e mexe eles voltam à mesma posição. Segundo o ortopedista pediátrico Bruno Massa, dos hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, os pequenos têm motivos para gostar tanto dessa maneira de sentar. "Crianças pequenas ainda não têm o equilíbrio completamente formado e essa posição dá uma maior estabilidade", explica. As informações são da Revista Crescer. 

"A anatomia de uma criança - em especial o quadril - é diferente da de um adulto. Se nós tentarmos, dificilmente vamos conseguir sentar em W e, se conseguirmos, será desconfortável. Elas têm uma angulação maior de quadril que nós, adultos. Por isso, as crianças se sentem confortáveis e conseguem girar as pernas com mais facilidade", conta.

Mas a posição conhecida como W também costuma gerar muita confusão e até polêmica. Afinal, ela pode causar alguma complicação? Segundo o ortopedista Bruno Massa, não há motivos para os pais ficarem corrigindo os filhos. "Sentar em W não pode ser associado ao pé chato, por exemplo. Se fosse por isso, todas as crianças que sentam com as pernas cruzadas também teriam que ficar com o pé torno. É quase como o mito de que tomar leite e comer melancia faz mal. Não se pode associar as duas coisas", explica.

Crédito: Getty Images

"O grande problema pra nós, adultos, é que não nos imaginamos sentar daquela forma", diz o especialista. Segundo ele, "conforme a criança vai crescendo, ela perde um pouco da flexibilidade e não conseguirá mais sentar dessa forma ou, no máximo, a posição deixará de ser confortável. Em geral, na pré-adolescência uma pessoa já não consegue mais se sentar assim. É algo natural", completa. 

No entanto, o alerta é se o seu filho continuar sentando nessa posição ao longo da adolescência e na fase adulta. "Isso, sim, é um sinal que ele não evoluiu como deveria. Mas na infância, o mais importante é estimular a criança a andar descalça, em terrenos diferentes e não só ficar sentada. Afinal, nenhum excesso é ideal. Se o seu filho passa muito tempo sentado, talvez ele esteja sendo pouco estimulado", orienta o ortopedista.

O RISCO ESTÁ NO EXCESSO

Segundo o pediatra José Gabel, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é exatamente o excesso que pode trazer problemas. Ele defende que se a criança permanecer por muito tempo nessa posição "ela pode demorar a desenvolver o equilíbrio, limita as rotações do tronco - promovendo um enfraquecimento da musculatura na região -, além de problemas ortopédicos". Porto outro lado, ele diz que o risco de ficar com as pernas "tortas" é mito. "Se a criança sentar de vez em quando na posição W e não ficar por muito tempo, não tem com o que se preocupar. O problema é o tempo prolongado e o excesso", finaliza.



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