Estudiosos conseguiram transferir memória entre caramujos; entenda

Cientistas conseguiram um feito digno de filme de ficção científica

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Segundo um estudo publicado no periódico eNeuro, cientistas conseguiram um feito digno de filme de ficção científica: eles transferiram a memória de um caramujo marinho para outro. Mas por que esse estudo foi feito em caramujos?

Entenda o motivo: o número de neurônios dos caramujos marinhos utilizados na pesquisa não chega nem perto do nosso, que são 20 mil contra 100 bilhões, mas os cientistas possuem um vasto material de pesquisa sobre como eles aprendem. Além disso, a forma como ocorre a transmissão de seus impulsos nervosos é bem semelhante à nossa.

Estudo

Durante o estudo, os pequenos receberam impulsos elétricos na cauda, numa intensidade inofensiva. O estímulo gerava uma reação de defesa, fazendo com que eles curvassem o corpo. primeiramente, o movimento durava apenas alguns momentos, mas, através de repetições, eles começaram a se manter na posição por mais tempo, atingindo um total de 50 segundos.

A transferência de memória ocorreu através da retirada de RNA do sistema nervoso das cobaias treinadas, com a posterior injeção do material naquelas que nunca tinham recebido os choques. Como modo de controle, o mesmo procedimento foi realizado entre espécimes que nunca receberam o treinamento, eliminando a possibilidade de a simples transferência ter causado o novo comportamento.

No final das pesquisas,  os caramujos que nunca haviam recebido o estímulo, mas que receberam o RNA de outros que haviam, passaram a agir de modo muito semelhante. Eles mantiveram a posição por aproximadamente 40 segundos, e isso com os primeiros estímulos, agindo como se já soubessem como reagir à situação.

De acordo com o autor da pesquisa, David Glanzman, se a retenção ocorresse nas sinapses, local onde alguns cientistas acreditam que as lembranças são armazenas, o experimento com os caramujos nunca teria funcionado.

Apesar dos resultados, até garantir que uma das duas hipóteses está correta ainda existe um longo caminho. Novas descobertas nessa área podem colaborar para a criação de tratamentos de doenças como Alzheimer e estresse pós-traumático.



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