Estudo mostra que 'avó' das cobras tinha patas, tornozelos e dedos

A mais antiga serpente pisou na superfície da Terra há 130 milhões

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Uma nova análise mostra que a mais antiga serpente pisou na superfície da Terra há 130 milhões de anos. Essa mãe de todas as cobras tinha patas de trás, com tornozelos e dedinhos e se alimentava de pequenos mamíferos.

A conclusão está em artigo recente na revista científica "BMC Evolutionary Biology". Os autores do trabalho, liderados por Allison Hsiang, paleontóloga da Universidade Yale (EUA), usaram as características anatômicas e genéticas de mais de 70 espécies de cobras e lagartos para fazer o "retrato falado" da primeira serpente.

Em comunicado oficial, Allison Hsiang afirmou que o réptil era um predador noturno, furtivo, que vivia em ambientes de floresta no hemisfério Sul.

O mais provável é que esse ancestral não tivesse veneno potente nem fosse capaz de esmagar suas vítimas, como fazem as sucuris e jiboias - essas duas características surgiriam mais tarde na linhagem das serpentes.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores basicamente computam a frequência de determinadas características em cobras atuais e extintas e usam análises estatísticas sofisticadas para verificar a probabilidade de que determinado traço-a vida diurna ou noturna, por exemplo– também estivesse presente no ancestral comum dos bichos.

Um dado surpreendente do estudo é a preferência original das cobras por hábitos noturnos, uma vez que à noite a temperatura cai, uma situação não muito agradável para répteis, que precisam de calor externo para manter seu organismo funcionando.

Em parte, isso se explica pelo hábitat original das serpentes em áreas quentes do globo (como as lagartixas de hoje), e também pelo fato de que as temperaturas do planeta eram significativamente mais altas na Era dos Dinossauros, quando elas surgiram.

Conforme o clima da Terra foi ficando menos favorável nas dezenas de milhões de anos seguintes, as serpentes voltaram a se adaptar à vida diurna.



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