Homem se forma professor e leciona 17 anos mesmo sendo analfabeto

Usou diferentes truques e conseguiu terminar a faculdade

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Imagine entrar em uma loja e não conseguir ler as embalagens dos alimentos, ou ser incapaz de ler um e-mail, pagar contas ou até mesmo responder uma simples mensagem de texto. Em outras palavras, imagine a sua vida se você não soubesse ler ou escrever.

Essa é parte da história de vida de um homem chamado John Corcoran, de acordo com o site espanhol Genial.guru. No entanto, por muitos anos ele trabalhou lecionando em uma escola, embora fosse analfabeto. Sem saber que era disléxico, ele enfrentou tempos difíceis durante a sua época como estudante, de modo que fazia o possível para se tornar “invisível”. Ele admitiu que talvez sua vida tivesse sido diferente se à época soubesse sobre a doença, mas há quase meio século ninguém sabia quase nada sobre a dislexia.

Ele contou que na segunda série era taxado de idiota, e que em uma ocasião chegou a ser punido quando se recusou a ler. Assim, seguiu com dificuldade o restante de sua jornada escolar. “Eu me lembro que quando tinha oito anos, pedi a Deus: ‘Por favor, se amanhã me pedirem para ler, que eu consiga”, disse.

 Então, para tentar esconder sua dificuldade de ler e escrever passou a se comportar mal na escola, correndo pelos corredores até que fosse suspenso. Então, quando recebia tarefas para casa, pedia aos amigos para que o fizessem, e quando tinha provas, costumava colar para se sair bem. Assim, “trapaceando”, ele conseguiu terminar a escola e entrar em uma faculdade. Ele descobriu que era muito bom em jogar basquete, o que lhe garantiu uma bolsa em uma universidade.

 Ele notou então que o ensino superior seria um desafio ainda maior, e para isso teve de aperfeiçoar seu talento de disfarçar a condição. Ele até tentava reunir as informações que os professores passavam e os tipos de perguntas que costumavam fazer, mas, durante as aulas, matava o tempo riscando o caderno de modo a fingir que estava fazendo anotações, e em seguida arrancava as folhas e jogava fora para que ninguém soubesse que era incapaz de escrever. Também costumava passar horas encarando livros, fingido que lia.

Assim, utilizando diferentes truques, ele conseguiu terminar a faculdade e até mesmo conseguir um título de “professor de inglês”. Como na época havia uma escassez de professores, foi admitido como um em uma escola primária, dando início a uma trajetória que duraria 17 anos, embora fosse analfabeto. Para conseguir dar aulas, ele pedia a diferentes alunos que lessem as atividades do livro e, em seguida, as copiassem no quadro. Para corrigir as provas, colocava-as em sobreposição a um molde com as alternativas corretas. E foi assim que conseguiu lecionar por quase duas décadas em diferentes escolas.

 Em 1965, Jonh conheceu sua futura esposa, Kathy, a quem confidenciou seu segredo. Ele contou que, antes do casamento, revelou a ela que não podia ler. Então, uma vez juntos, era ela quem lia e respondia suas cartas, bem como escrevia seus artigos. Ela afirmou que o motivo de não ter ensinado o marido a ler era que ninguém conseguia ajudá-lo.

No outono de 1986, quando completou 48 anos, abriram dentro de uma biblioteca, uma oficina de leitura administrada por sua mulher. Pouco tempo depois disso, trabalhando pacientemente com o método fonético, letra por letra, ele aprendeu a ler. Um ano depois, ele já conseguia ler livros, jornais, revista e embalagens. 



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES