Mulher acorda de coma após acidente falando francês fluentemente

No caso, ela nunca aprendeu o idioma e segundo ela nem tinha vontade em conhecer a França. Ela relatou toda a sua situação ao site The Guardian.

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A afasia bilíngue acontece em decorrência de um dano à área do cérebro que aprende uma língua. Até então não está claro como ela funciona exatamente. Michel Paradis, é neurolinguista da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá. Para ele, casos de afasia bilíngue são tão comuns, que não chegam necessariamente a ser uma surpresa. No entanto, não deixa de ser algo intrigante que os médicos ainda procuram entender melhor. As informações são do Fatos Desconhecidos.

Helen Rudd diz ter passado por essa situação. Depois de um acidente de carro em 2006, a mulher inglesa acordou do coma falando francês fluentemente. No caso, ela nunca aprendeu o idioma e segundo ela nem tinha vontade em conhecer a França. Ela relatou toda a sua situação ao site The Guardian.

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Entenda o caso

Em um dia normal em maio de 2006, Helen Rudd estava a caminho de casa, na cidade de Hastings, na Inglaterra. Segundo relatos, estava chovendo muito naquele dia e a visibilidade estava péssima. Ao atravessar a rua a pé, uma van branca a atingiu, a jogando longe do ponto em que estava. Helen conta que não se lembra de nada disso, sabe-se apenas pelo que as outras pessoas que presenciaram o seu acidente contaram. Ela só foi começar a ter as memórias do acidente quatro anos depois do fatídico dia.

Ela ficou em coma induzido por três semanas na unidade neurológica do Hospital Haywards Heath. Dez dias após o acidente, os médicos tentaram a tirar do coma, porém era cedo demais. Helen estava em coma marcado como 3º grau na Escala de Coma de Glasgow, o mais profundo que alguém pode estar. Felizmente, não foi necessária nenhuma cirurgia cerebral.

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Quando ela acordou do coma, as primeiras palavras que disse foram francesas, mesmo ela sendo inglesa. "Um amigo perguntou às enfermeiras se ele deveria falar comigo em francês, eles achavam que era uma boa ideia encorajar a comunicação. Então ele me fazia uma pergunta em francês e eu respondia em francês fluente. Ninguém sabia porque. Depois de um tempo, os médicos decidiram que o francês não estava me ajudando, porque sou inglesa. Então cartazes foram colocados na parede pedindo às pessoas que não falassem em francês", disse ela em seu relato.

Antes de entrar em coma, Helen nunca havia aprendido a falar francês. Embora tenha descendência francesa, a mulher nunca teve interesse em aprender o idioma ou conhecer a França. "Antes do meu coma, eu nunca ouvi falar da síndrome do sotaque estrangeiro, que pode ocorrer quando as pessoas acordam do coma e a fala é afetada. As pessoas às vezes percebem isso como um sotaque estrangeiro, o que aconteceu comigo é diferente, porque eu estava falando francês, e não apenas por alguns segundos, mas sim, por duas semanas", conta Helen.

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Casos como o de Helen já aconteceram com pessoas de várias nacionalidades. E depois de acordarem de um coma, estavam falando um idioma totalmente novo. Um deles aconteceu com Dujumir Marasovic, uma croata que entrou em coma por 24 horas, e quando acordou, só sabia falar em alemão. Sem saber falar o idioma do seu país, menina precisou de um tradutor para se comunicar com a própria família.



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