Pássaro com grito mais alto do mundo tem acasalamento “peculiar”

O White Bellbird, membro da família cotinga, superou o piha

Pássaro | Anselmo D'Affonseca/DR
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O barulho de uma sirene de ambulância é alto o suficiente para ser ouvido à distância e há motivos para isso — é preciso sinalizar que o veículo está em resgate e tem pressa. Agora imagine um pássaro com um grito tão alto quanto o som de uma sirene. Pois eles existem e são naturais das florestas tropicais da América do Sul. A notícia é do site Mega Curioso.

O White Bellbird, membro da família cotinga, superou o piha — com 116 decibéis — e tem o som mais alto do mundo dos pássaros, com gritos que chegam a 125 decibéis, tão altos quanto uma sirene de ambulância.

Anselmo D'Affonseca/DR 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores rastrearam e registraram os sons de pelo menos oito “pássaros do sino” e três pihas gritando nas florestas tropicais sul-americanas, seu habitat natural. Além disso, o comportamento peculiar do pássaro chama a atenção. Branco, magro e do tamanho de um pombo, o pássaro branco não é só barulhento sem plateia. Os pesquisadores observaram ainda que eles fazem seu som ecoar diretamente nos rostos das fêmeas que pousam em suas poleiras e que são suas “pretendentes”.

Xaveco barulhento

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que as fêmeas suportam tamanho alvoroço para avaliar os possíveis parceiros. “As fêmeas do pássaro branco podem equilibrar o interesse em avaliar os machos de perto enquanto tentam limitar os danos auditivos causados pelo barulho”, escreveram os autores no artigo publicado na revista Current Biology.

O artigo descreve ainda um estudo mais aprofundado que revelou que apesar de parecer pequeno e frágil, o pássaro possui um peito musculoso, com tecido muscular cinco vezes mais grosso que a maioria das aves do seu tamanho, o que pode potencializar o som emitido.

Ao Gizmodo, o ornitólogo evolucionista da Universidade de Yale, que não está envolvido no estudo, Richard Prum, explicou que é difícil estudar o volume por conta de inúmeras variações, como o vento e até o local onde os pesquisadores ficam para ouvir. “Esses caras tinham todos os tipos de recursos para controlar variações a fim de fornecer medições individualizadas no ambiente em que estavam”, salientou. Ele complementou ainda que para entender completamente o mecanismo do pássaro e compreender como ele pode emitir um som tão alto é preciso mais trabalho e pesquisa.



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