Ao rever o vídeo, Sue percebeu que o criminoso em questão tinha veias saltadas nas costas de suas mãos. Com o modo infravermelho da câmera ligado no escuro, as linhas tornaram-se pretas e criavam um padrão único de pessoa para pessoa. Ela pediu à polícia que tirasse fotos da mão e do antebraço do pai. Os padrões das veias combinavam.
Black compareceu ao tribunal como testemunha perita da acusação, apresentando sua análise do padrão de veias. Foi a primeira vez na história jurídica britânica que provas desse tipo foram apresentadas em processos judiciais. O juiz precisou interromper o julgamento por 90 minutos para que a pesquisadora explicasse sua hipótese.
Ela não tinha estatísticas que comprovavam a chance das mãos combinarem para apoiá-la. Ainda assim, era uma evidência forte e o advogado de acusação esperava que o pai fosse considerado culpado. No entanto, ele foi absolvido. Em 2008, ela publicou um estudo confirmando a validade da análise do padrão das veias e passou a contribuir com outros casos.
Segundo a análise de Sue, qualquer tipo de distinção nas mãos de um criminoso podem ser usadas contra ele, caso tenham sido capturadas em vídeo. Isso vale para qualquer tipo de marca que cubra a região das unhas até o pulso, cicatrizes, sardas, marcas de nascença, pintas, unhas e vincos na pele dos dedos e, sobretudo, os padrões das veias sobressalientes.