Plantações de maconha podem salvar a vida na terra

As abelhas são consideradas os seres vivos mais importantes do planeta

Abelhas gostam de maconha | Divulgação
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Você sabia que as abelhas são consideras os seres vivos mais importantes do planeta? São animais insubstituíveis para a vida na terra, pois são fundamentais no processo de polinização das plantas. Nas últimas décadas elas foram marcadas pelo risco da extinção em razão dos desmatamentos desenfreados. A solução? Segundo alguns estudos a ideia é investir na plantação de Cannabis sativa, a maconha.

Publicado na Environmental Entomology, o estudo, desenvolvido pela Universidade de Cornell, mostra que várias populações de abelhas estão visitando as plantações de cânhamo em certas áreas dos Estados Unidos. Acredita-se que a presença desses animais se dê graças à expansão rápida da produção de cannabis, que vem ocorrendo no país.

Para quem não sabe, atualmente, a legalização da maconha para uso recreativo é permitida em 11 estados dos EUA.

Segundo o estudo, "a perda de habitat natural das abelhas está ligada à agricultura em larga escala, incluindo o uso generalizado de pesticidas e inseticidas químicos, patógenos e parasitas persistentes". Tais fatores impuseram um certo estresse nutricional às comunidades apícolas.

Em contrapartida, a recente legalização federal e a expansão agrícola do cânhamo industrial, agora, oferece "um recurso floral exclusivo para as abelhas nas paisagens agrícolas".

De acordo com os pesquisadores, as produções de cannabis, nos Estados Unidos, receberam a visita de cerca de 16 espécies diferentes de abelhas. O estudo reforça a tese de que elas são atraídas pela maconha por causa da quantidade abundante de pólen da planta.

Os cientistas afirmam que devido a suas características únicas de floração, a cannabis tem potencial para fornecer um recurso nutricional decisivo para as abelhas durante uma época de escassez floral.

Assim, o aumento da presença desses insetos daria uma contribuição significativa para polinização de outras espécies de plantas, beneficiando todo o agroecossistema.

Portanto, a rápida expansão da produção de cânhamo, nos Estados Unidos e no mundo, pode ter implicações significativas na dinâmica da polinização, em todo o agroecossistema.

Apesar da maconha não produzir o néctar doce encontrado em variedades florais que atraem as abelhas, elas possuem uma grande quantidade de pólen. Além disso, a produção de cannabis é também vista como "um potencial particularmente forte para aumentar as populações de polinizadores".

Ainda de acordo com o estudo, "os serviços de polinização subsequentes para as culturas no ano seguinte, preenchendo lacunas na escassez de recursos no final da temporada".

Os autores explicam que, embora as abelhas sejam atraídas pelo cânhamo, o pólen rico em canabinóides não se infiltra em nossas dietas e nem "terá um impacto no desenvolvimento das abelhas devido à perda de receptores de canabinóides em insetos".

Vale lembrar que, atualmente, uma das crises ecológicas que mais assustam os biólogos é o desaparecimento em larga escala das abelhas. Para se ter uma ideia, estima-se que a população tenha caído 40% nos Estados Unidos e 50% na Europa. A perda foi avaliada nos últimos 25 anos. 

Além disso, um quarto das espécies está sob ameaça de extinção. Até o momento, o consenso da causa desse declínio, segundo revista científica Science, a culpa é do aquecimento global. Basicamente, esses animais não estão preparados para enfrentar mudanças climáticas como as que estão em curso.



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