Quantos tiros um colete a prova de balas recebe até se tornar inútil?

Durante muitos anos, as pessoas não eram capazes de se proteger adequadamente contra possíveis tiroteios.

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Durante muitos anos, as pessoas não eram capazes de se proteger adequadamente contra possíveis tiroteios. De certo modo, até existiam algumas opções disponíveis que forneciam uma proteção mínima, mas nenhuma delas conferia uma garantia de proteção adequada contra a força de penetração de uma bala. Depois de muitos anos de tentativas e erros, os desenvolvedores finalmente descobriram materiais que poderiam ser usados para produzir os coletes à prova de balas propriamente ditos. Um desses materiais líderes no mercado de coletes é o “Kevlar”, que é um material feito à base de uma fibra sintética de aramida que pode amortecer, prender ou impedir que a bala penetre no corpo. Mas será que um colete é realmente capaz de tomar vários tiros antes de se tornar inútil? Será que existe algum tipo de “prazo de validade” para esse artefato militar? As informações são do Tricurioso.

Para começar, devemos nos atentar ao fato de que o nome “colete à prova de balas” é, de certo modo, um equívoco, já que o nome “colete resistente à balas” seria muito mais apropriado. Segundo John Geshay, diretor de marketing da empresa de blindagem Safariland (uma das maiores do mundo), “nada pode ser à prova de balas, nem mesmo uma tampa de bueiro de grande espessura”. Isso acontece porque qualquer dispositivo de proteção está sujeito à falhas, incluindo os coletes. Apesar das falhas constituírem uma porcentagem extremamente pequena, realmente existem casos onde os coletes simplesmente não conseguem “segurar” os projéteis das armas que eles deveriam, em tese, servir como um escudo protetor.

Além disso, os coletes projetados para proteger o usuário de armas de alto calibre ainda podem ser penetrados ou comprometidos por balas de menor calibre. Por exemplo, um colete projetado para parar as bala de uma .44 Magnum pode teoricamente ser perfurado pela bala de uma 9mm, caso esta seja disparada com uma velocidade alta o suficiente e com a distância exata para desempenhar tal papel. Na prática, isso é um grande perigo, já que existe uma certa tendência entre os entusiastas de armas em ignorar o potencial letal de certos calibres de armas de fogo. Nesses casos, uma pequena bala viajando em alta velocidade pode ser mais perigosa do que um projétil maior em velocidade reduzida. É por isso que as espingardas são consideradas muito perigosas mesmo para armaduras corporais extremamente robustas, já que seus disparos tendem a apresentar velocidades muito variáveis, isso sem mencionar, é claro, que mesmo que o colete faça o seu trabalho, os tiros sofridos posteriormente terão uma maior probabilidade maior de atingir áreas desprotegidas por causa dos furos, ainda que estes sejam “rasos”.

Então, como é determinado o “prazo de validade” de um colete?

Com tudo isso devidamente explicado, podemos finalmente abordar a “validade” de um colete. Bem, na verdade, a maioria dos fabricantes recomenda a substituição do colete após ele sofrer um único disparo. Ou seja, caso o colete seja violado (ainda que por um projétil com um calibre menor do que a sua capacidade), ele deve ser imediatamente substituído, já que embora essa armadura corporal seja projetada para impedir a perfuração de balas, a maioria delas ficam surpreendentemente frágeis depois que são avariadas. Por exemplo, as placas de cerâmica podem rachar facilmente caso sejam violadas e às vezes podem apresentar deformações tão minúsculas que não são visíveis a olho nu, mas que ainda assim são capazes de deixar o corpo do usuário totalmente vulnerável.

Para se ter uma ideia do quão “frágil” um colete pode ser, alguns fabricantes até recomendam a substituição dos coletes à base de Kevlar caso eles sejam molhados, pois isso já é o suficiente para enfraquecer as suas fibras. Até mesmo a rotina de atividades diárias pode muitas vezes comprometer as armaduras corporais. É por isso que muitos fabricantes da indústria balística recomendam a substituição de alguns determinados tipos de colete pelo menos a cada 5 anos, mesmo que ele nunca tenha sido atingido por uma bala sequer.



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