Um tatuador identificado como Brendan McCarthy, de 50 anos, foi condenado pelo tribunal de Wolverhampton, na Inglaterra, a 3 anos e 4 meses de prisão por ter retirado uma orelha de um cliente em 2015, sem anestesia.
Conforme informações do site Metro, o processo do caso se arrasou por três anos. A estratégia de defesa, de que Brendan tinha autorização por escrito do cliente, foi rebatida pelo juiz que cuida do caso. Advogados do tatuador tentaram apelar para a Suprema Corte, afirmando que a decisão violava a "autonomia dos clientes", mas o pedido foi negado. O juiz ignorou, ainda, uma petição online com mais de 13 mil assinaturas que afirma que Brendan é "capacitado e higiênico" na sua atividade.
O magistrado Amjad Nawaz citou, na condenação, que Brendan, já vinha sendo processado por ter arrancado o mamilo de um cliente e ter feito uma fenda na língua de outro. Ambos os casos têm documentação que o autorizava a realizar os procedimentos, mas o juiz considerou que o trabalho de tatuador não tem relação à "modificação permanente de corpos".
Porém, para o juiz, a autorização não dá ao tatuador o direito de realizar um "procedimento médico" com "mutilação". Nawaz afirmou que Brendan se aproveitou de "problemas psicológicos" dos clientes.
Embora o magistrado tenha reconhecido que a remoção da orelha tenha sido "bem feita", ele ressaltou que uma pessoa não pode ferir uma outra por uma "boa razão".
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