Uso excessivo de antibióticos pode causar infecções e até alergias?

É muito importante seguir corretamente a prescrição médica e não reutilizar antibióticos que estejam disponíveis em casa

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| Reprodução internet
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 De acordo com relatório da Organização Mundial da Saúd e (OMS) , o Brasil apresenta uma média superior aos países da Europa em relação ao uso de antibióticos, com 22,75 doses por dia. O risco é que a ingestão indiscriminada desse tipo de medicamento, seja por escolha do paciente ou sob prescrição médica, possa causar uma série de efeitos colaterais como náuseas, vômitos, diarreia, reações alérgicas, entre outras condições.

Segundo Maria Lúcia Biancalana, infectologista, outra preocupação relacionada ao uso incorreto dessa classe de medicamentos é a de que surja uma seleção de bactérias multirresistentes aos antibióticos. "O uso indiscriminado pode favorecer o crescimento dessas superbactérias. Por isso, é importante que o tratamento com antibióticos seja feito apenas para causas específicas e por tempo adequado. Quando as bactérias se tornam resistentes, os antibióticos habituais perdem a eficiência e não impedem a multiplicação desses microrganismos. Bactérias resistentes são mais difíceis de serem eliminadas e geralmente exigem medicamentos mais tóxicos. Além disso, há o risco de se alastrarem, pois podem ser transmitidas para outras pessoas", afirma a médica.

Ela ressalta também que é essencial que a população compreenda os riscos e limites do uso desses medicamentos e das várias ameaças que ele traz. "É fundamental usar antibióticos apenas quando indicado e prescrito por um profissional de saúde, seguir a prescrição à risca, evitar reutilizar medicamentos usados em outros tratamentos e que estejam disponíveis em casa e não compartilhar antibióticos com outras pessoas", orienta a profissional.

Os antibióticos salvam vidas e são fundamentais para tratar infecções comuns como pneumonia e até condições que mais sérias como a sepse. Porém, não são eficientes para combater infecções causadas por vírus como os da gripe e de resfriados. "Por isso é tão importante que haja conscientização não só dos profissionais de saúde como também da população de forma geral", afirma a médica.



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