Sexo durante a quarentena: o que pode ou não fazer

Tiramos todas as dúvidas sobre a relação sexual em tempos de coronavírus com o infectologista João Prats

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Manter no mínimo 1 metro de distância entre pessoas, nada de aperto de mão, beijos e abraços: essas são algumas recomendações da OMS para evitar a disseminação do novo coronavírus o (Covid-19). Ok, mas e o sexo com o mozão na querentena, pode? O vírus é transmitido por meio do ato sexual? As dúvidas são muitas, por isso conversamos com o infectologista João Prats, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, que já adianta: a transmissão do vírus acontece se uma das pessoas estiver apresentando sintomas. “Mas a doença não é sexualmente transmissível” diz o infectologista.

De acordo com ele, o sexo não é uma forma importante de transmissão. “Por conta das secreções que saem na hora do ato, as pessoas acham que pode ser transmitido. Mas não. O vírus pode passar de uma pessoa para outra por meio do contato íntimo: passar a mão no corpo e depois levá-las ao rosto e aos olhos; e a saliva”, explica.

E o sexo oral? “É um ato de risco, porque envolve a boca e o toque íntimo. Isso pode transmitir o vírus, pelo contato com a mucosa e as secreções. Se a pessoa que não está infectada ficar exposta a essas micropartículas, ela está sujeita a contrair o vírus”, esclarece. 

O infectologista explica que a penetração não é a responsável pela transmissão do Covid-19. “A relação sexual pode ser uma forma de transição como já foi citado, mas não pela penetração em si, e sim por beijos e toque das mãos. O vírus pode estar na pele ou até mesmo na cama e nas superfícies.”

Devemos deixar o date com o contatinho para depois? “Não está proibido, a não ser que o crush esteja com os sintomas (dor de garganta, tosse, febre e dificuldades para respirar). Mesmo assim, não é o indicado, devido aos sintomas só se manifestarem depois de um tempo." Anotado doutor!

O especialista aproveita para alertar sobre o uso da camisinha na hora da relação sexual: de acordo com ele, o contraceptivo não interfere na transmissão do vírus. “A camisinha é muito importante para outros fins. Neste caso, o método mais eficaz é, se possível, não entrar em conato com a saliva ou secreções do parceiro, visto que o vírus é transmitido pela boca e pelo contato íntimo. Por exemplo, se a pessoa tossir perto de você, ela tem bastante chance de te contaminar”, explica.

E as gravidinhas? Qual a chance de elas pegarem o coronavírus após uma relação sexual com alguém infectada? “O covid-19 não ultrapassa a barreira da placenta, podem transar tranquilamente”, diz Prats.

Nada de tomar banho de álcool em gel por aí, hein! “Não tem uma regra e recomendação para frequência da higienização pessoal antes ou após a relação sexual. Faça como você sempre fez. A única recomendação é para não se relacionar com quem está com suspeita de coronavírus.”



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