Sexo oral ainda é tabu entre jovens na maioria dos países

O tabu é unânime entre ambos os sexos

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As crescentes discussões sobre igualdade de gênero nos levam a acreditar que estamos, mesmo que de maneira incipiente, evoluindo e que os avanços até então conquistados são irreversíveis. Mas, infelizmente, nem todas essas conquistas passam pela cama. Um novo estudo mostra que, quando o assunto é sexo oral, a disparidade entre homens e mulheres persiste.

A pesquisa da Universidade do Pacífico, na Inglaterra, entrevistou 71 homens e mulheres de 16 a 18 anos que se relacionam com pessoas do sexo oposto para saber como eles conversam sobre sexualidade e como encaram sexo oral. 

Apesar deles serem conscientes e defenderem a política de “dar e receber” sexo oral, entre lençóis as coisas funcionam diferente da teoria: a maioria dos entrevistados descreve o sexo oral em mulheres com mais ressalvas que quando praticado em um homem.

O tabu é unânime entre ambos os sexos – homens e mulheres consideram que fazer sexo oral é mais desagradável para eles. E a desproporção não para por aí, a maioria respondeu que é mais provável que os homens recebam sexo oral durante uma transa e as mulheres não.

A pesquisa também revelou que eles dizem mais não.  Enquanto as mulheres tendem a encontrar formas mais confortáveis e palatáveis de agradar o parceiro, caso os homens não queiram, apenas se negam a fazê-lo.

Nome às coisas

Outro aspecto analisado durante as entrevistas foi a linguagem sexual – eles se mostraram mais grosseiros que elas. Em várias das conversas, os homens se referiram aos órgãos genitais femininos de maneira negativa e depreciativa. Cientes desse tipo de comportamento, muitas mulheres foram imprecisas e genéricas ao descrever suas experiências e preferências sexuais.

As pesquisadoras responsáveis pelo estudo explicam que esta foi apenas uma exploração inicial para ter uma ideia sobre o que os jovens falam sobre sexo oral. Elas contam que ficaram impressionadas com as respostas retrógradas e preconceituosas de algumas entrevistas e defendem que a educação sexual não deve se ater somente à prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis.

Ruth Lewis, socióloga que conduziu o estudo, afirma que tais percepções atrasadas indicam a urgência do ensino de gênero nos programas de educação sexual: “Precisamos incentivar os jovens a pensar criticamente sobre como os corpos femininos e masculinos conversam em sociedade, as nuances do consentimento e coerção e como a equidade de gênero pode ser negociada na prática”.



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