Álbum reúne cantigas relacionadas às ruas de São Paulo no século XIX

Um painel musical, visual e sonoro da cidade de São Paulo, entre 1830 e 1880

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Um painel musical, visual e sonoro da cidade de São Paulo, entre 1830 e 1880, abordando suas ruas, seus edifícios e habitantes. Este é o CD-livro São Paulo: paisagens sonoras (1830-1880) da pesquisadora, cantora, musicóloga e mezzo-soprano Anna Maria Kieffer, lançado pelo Selo Sesc.  Foram mais de duas décadas de pesquisa e coleta de material, realizando um árduo trabalho de garimpo acerca do cotidiano sonoro da cidade. Produzido pelo Selo Sesc, o álbum também chega às plataformas digitais de streaming no dia 18/1.

O CD reúne a música e os ruídos de São Paulo em meados do século XIX em um panorama eclético, que abrange de pregões de rua e cantigas tradicionais a obras de compositores como Carlos Gomes, André da Silva Gomes, Elias Álvares Lobo e os irmãos Alexandre e Luís Levy. O acordeonista Gabriel Levy, descendente direto da família participa do disco e do espetáculo. Os versos são de importantes poetas do romantismo brasileiro, como Castro Alves, Bernardo Guimarães e Álvares de Azevedo.

A organização do disco em seis partes temáticas busca uma cronologia ascendente. O painel sonoro abrange a transformação da cidade a partir de um vilarejo de tropeiros, passando a importante centro de estudantes e chegando à beira da expansão industrial, urbanística e cultural que a caracterizará a partir da década de 1880. São abordadas cantigas de rua, pregões, cantos de trabalho, músicas compostas e executadas pelos estudantes do Curso Jurídico (atual Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo). Também são ressaltados os movimentos abolicionista e republicano, os modelos culturais trazidos pelos primeiros imigrantes europeus e a formação de clubes musicais que contribuíram para a maior internacionalização da prática musical no período.

“Ao escutar o CD que temos em mãos, somos transplantados para outro tempo, numa jornada de conhecimento e fruição. São de fato sonoras as paisagens! Entre composições musicais populares, eruditas, profanas ou sacras, temos também sugestões de ruídos urbanos ou não tão urbanos, de uma natureza que se fazia ouvir”, afirma Danilo Miranda, Diretor Regional do Sesc São Paulo.



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